A Amazonas Energia tem enfrentado grandes dificuldades em 23 municípios do estado por conta da alta incidência de queimadas registradas nessas localidades. Dentre os prejuízos contabilizados pela concessionária está a perda de, pelo menos, 230 postes destruídos pelo fogo. A reposição resultou no gasto de, aproximadamente, R$ 1 milhão.
A situação no interior do Amazonas tornou-se mais crítica a partir do mês de agosto, quando a estiagem e altas temperaturas foram intensificadas na região. “As queimadas causam prejuízos irreversíveis à natureza e sérios danos à rede de distribuição. Nesses meses de seca extrema, tivemos que efetuar a troca de mais de 306 equipamentos destruídos pelo fogo”, informa o diretor Institucional e Técnico do Interior, Radyr Gomes.
Mais de 25 quilômetros de linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica precisaram ser substituídos. “Mesmo após o controle das chamas, nem sempre nossas equipes conseguem executar rapidamente o serviço de reparo. É que, muitas vezes, as queimadas ocorrem em áreas de difícil acesso, não sendo possível restabelecer prontamente a energia com segurança”, relembra Gomes.
O diretor aproveita para fazer um alerta. Segundo ele, podem ser graves as consequências da estiagem para o setor elétrico. “Aproximadamente, 273 mil pessoas residentes nos 42 municípios mais afetados correm o risco de sofrer com a seca que assola a região Norte do país. A vazão dos rios nas principais hidrelétricas da Amazônia está muito aquém da média histórica e vem colocando o setor elétrico em estado de atenção”, informa Gomes.