A Polícia Federal revelou detalhes alarmantes de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Elaborado pelo general da reserva Mário Fernandes, ex-assessor de Jair Bolsonaro, o esquema fazia parte de uma tentativa de arquitetar um golpe de Estado. A operação, batizada de “Punhal Verde e Amarelo”, incluía táticas como envenenamento, uso de explosivos e emboscadas para neutralizar as autoridades. Apesar de não ter sido concluído, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que os conspiradores “chegaram muito perto” de executar o plano.
Os envolvidos, incluindo outros quatro militares de elite e um policial federal, foram detidos na Operação Contragolpe. Documentos apreendidos indicam que o grupo, utilizando codinomes e aplicativos criptografados, monitorava os movimentos de suas vítimas, incluindo o uso de carros oficiais do Exército em ações preliminares.
Mensagens trocadas entre os conspiradores sugerem que a execução do plano estava atrelada a decisões judiciais em curso, evidenciando uma estratégia meticulosa para interferir diretamente na estabilidade democrática do país.
O plano também visava “neutralizar” uma figura chamada “Juca”, ainda não identificada pela investigação. Além disso, surgem indícios de que outras figuras do alto escalão político e militar poderiam estar cientes ou envolvidas.
A gravidade dos atos transcende a tentativa de assassinato, expondo uma rede organizada que buscava desestabilizar as instituições democráticas. A descoberta do esquema reforça a necessidade de vigilância constante para proteger a integridade do Estado e seus líderes contra ameaças internas.