O Sistema Sepror iniciou, nesta sexta-feira (24/01), as atividades do “Dia no Campo”, programa da Secretaria da Produção Rural do Amazonas (Sepror) para aproximar o produtor rural dos gestores do setor primário do estado. A primeira edição de 2020 ocorreu em Iranduba e reuniu agricultores do município que produzem alimentos sem usar fertilizantes e agrotóxicos.
Os titulares da Sepror, do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) e da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), além de técnicos da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), estiveram no Sítio São Paulo para conhecer a produção orgânica do local, que integra a Associação de Produtores Orgânicos de Iranduba (Apoi), e ouvir as demandas dos agricultores.
O secretário da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior, reiterou o compromisso da pasta com o desenvolvimento da agricultura orgânica e afirmou que a aproximação com o setor primário garante políticas para fomentar a produção.
“O ‘Dia no Campo’ busca aproximar os serviços públicos do produtor rural. Aqui pudemos observar que esses produtores estão crescendo e se desenvolvendo. Eles usam tecnologia, vimos sistemas de irrigação, mecanização agrícola, biofertilizantes e matéria orgânica da pecuária para melhorar a estrutura do solo. São produtores orgânicos, mas tecnificados, conseguem produzir com o grau de produtividade alta e de qualidade”, constatou o secretário de Produção Rural.
A diretora-presidente do Idam, Eda Maria Oliva, destacou que, apesar do órgão trabalhar diretamente com o produtor rural, a reunião do “Dia no Campo” reforça o caráter coletivo da agricultura familiar, especialmente a orgânica.
“Fornecemos um serviço de assistência técnica de produção rural que é transmitido através do contato entre o técnico e o agricultor. O ‘Dia no Campo’ é uma oportunidade de orientação coletiva. O Idam tem um projeto prioritário para a agroecologia, nós capacitamos 48 técnicos para que trabalhem com a comunidade local, pra que eles possam ser orientados”, explicou.
O órgão está presente em todos os municípios do Amazonas e é responsável pela assistência técnica e extensão rural.
Para a presidente da Apoi, Walda Marina, a realização do “Dia no Campo” com os agricultores orgânicos é um reconhecimento aos esforços para produzir alimentos sem agrotóxicos.
“É uma satisfação muito grande receber todas as instituições porque eles reconheceram nosso trabalho. A gente já vem há um tempo trabalhando com orgânico e precisamos que isso seja reconhecido”, afirmou. Atualmente, 12 agricultores orgânicos produzem hortaliças, frutas e plantas alimentícias não convencionais em Iranduba.
Certificação – O Ministério da Aquicultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) entregou, durante o “Dia no Campo” em Iranduba, certificação e declaração de cadastro de produtor orgânico a oito produtores da Associação dos Agricultores da Comunidade São Francisco de Assis, de Rio Preto da Eva.
Segundo a vice-presidente da associação, Etelvina Mota da Silva, 28 produtores trabalham com agricultura orgânica e outros sete agricultores estão aguardando a certificação.
“É muito gratificante. Buscamos, a cada dia, a transição para a agricultura orgânica. A agricultura convencional produz alimentos contaminados e o orgânico é um alimento limpo que chega para a mesa do consumidor, além de cuidarmos do meio ambiente. Pra nós é uma felicidade saber que viemos do convencional. Botar no prato alimento saudável, limpo e livre de agrotóxico é trazer saúde para quem consome”, afirmou a agricultora.