Ponta Negra seguirá interditada pós reabertura

Ponta Negra
Fotos – Divulgação / Implurb

O Complexo Turístico da Ponta Negra, na zona Oeste, segue com interdição total, de áreas de comércio, praia e acesso ao rio, em razão da pandemia de Covid-19.

A reabertura gradual das atividades econômicas em Manaus, anunciada a partir desta segunda-feira, 1º de junho, conforme plano divulgado pelo governo do Amazonas e publicado no decreto nº 42.330/2020, não alterou a interdição no espaço público.

Pelo cronograma de retomada gradual das atividades, dividido em quatro ciclos, apenas na terceira fase, a partir de 29 de junho, os parques, espaços públicos e atrações turísticas poderão ser reabertos.

A interdição é uma das medidas adotadas pela Prefeitura de Manaus para reduzir o ritmo de avanço do novo coronavírus na capital do estado.

O prefeito Artur Virgílio Neto mantém a posição contrária a reabertura do comércio a partir desta segunda-feira, estabelecida pelo governo estadual. Não houve qualquer alteração em relação aos espaços geridos pela Prefeitura de Manaus, incluindo a Ponta Negra.

Reforço

“Mesmo com o parque e a praia interditados desde o dia 22 de março, uma parte da população continua usando o espaço para passear e praticar atividades físicas, irregularmente”, observa o diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), Cláudio Guenka.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal vão reforçar as equipes de fiscalização que atuam no complexo para seguir orientando a população dos riscos de estar na rua passeando, não fazendo o isolamento social recomendado pelas autoridades de saúde. Peças publicitárias foram instaladas no parque e pedem para a população ficar em casa, escolhendo o lado da vida, não se expondo.

Responsável pela administração do espaço, o Implurb já fez a redução da energia de áreas do parque, do skate até o estacionamento recuado. O calçadão também teve as luzes reduzidas, para evitar a aglomeração de pessoas e o uso para caminhadas e corridas. A interdição foi alinhada entre a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e o Implurb.

Descarte

Para evitar que máscaras sejam jogadas no chão ou em lixo comum, a Prefeitura intensificou a campanha para a correta destinação do material usado. As descartáveis são classificadas como lixo hospitalar infectante, porque podem estar contaminadas e, por isso, não devem ser misturadas ao lixo comum. As máscaras caseiras devem ser guardadas e lavadas pelo cidadão, em sua casa.

“Faz parte da conduta desejável a toda a população, não apenas o manuseio correto e uso contínuo das máscaras, como também o descarte regular desse item. Recomendamos ao cidadão que queira jogar fora sua máscara, que procure uma lixeira próxima e descarte lá. Jogar no chão não é uma opção, já que, além de sujar a cidade, pode contaminar o agente de limpeza ou outro cidadão que tenha contato com o material”, salienta o titular da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), Paulo Farias.

Por determinação do prefeito Arthur Virgílio Neto, informa Farias, a Semulsp vem implantando lixeirinhas em todas as grandes avenidas da cidade.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda o seguinte procedimento para descarte correto da máscara: retirá-la pelo elástico ao redor das orelhas, sem tocar a parte frontal do tecido; depositar a máscara usada em um saco plástico fechado e jogar fora separado do lixo comum; lavar imediatamente as mãos após o descarte com água e sabão ou álcool a 70% (líquido ou gel).

Obrigatoriedade

O uso de máscaras de proteção, que ajudam no combate à proliferação do novo coronavírus, passou a ser obrigatório em estabelecimentos comerciais e no transporte público e privado de Manaus, desde o dia 11 deste mês, por decretos assinados pelo prefeito Arthur Virgílio Neto e publicados no Diário Oficial do Município (DOM), edição n° 4.835. Com a sanção da lei municipal nº 2.607/2020, no dia 13 de maio, os decretos ganharam força.

As máscaras, seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), devem ser, de preferência, as de fabricação caseira, com duas camadas de tecidos bem ajustadas ao rosto, de modo que possibilite a cobertura total da boca e do nariz.

Com informações de Cláudia do Valle