Vários estados, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo, anunciaram, nesta terça-feira (11), a suspensão da imunização de gestantes com a vacina contra Covid-19 da AstraZeneca, seguindo uma recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após “evento adverso” investigado pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o ministério investiga a morte de uma mulher no Rio de Janeiro, vacinada com este fármaco. Procurado pela AFP, o Ministério da Saúde não confirmou esta informação.
A Secretaria de Saúde do município do Rio informou que decidiu suspender, “por precaução”, a vacinação de gestantes e puerperas da capital, “até que a investigação do caso de evento adverso em gestante seja concluída pelo Ministério da Saúde, e o Programa Nacional de Imunizações (PNI) se pronuncie”.
Esta medida também foi recomendada para os demais municípios fluminenses.
Na noite de segunda-feira (10), a Anvisa recomendou “a suspensão imediata do uso da vacina anglo-sueca” da AstraZeneca em gestantes, argumentando que sua aplicação neste grupo não está prevista na bula do medicamento.
“A orientação é resultado da vigilância constante dos eventos adversos nas vacinas anticovid que são usadas no país”, informou a Anvisa em seu comunicado, sem dar detalhes sobre o caso em investigação.
O estado de São Paulo também suspendeu a vacinação de gestantes com comorbidades, prevista para começar nesta terça-feira, após a recomendação da Anvisa.
Pelo menos 13 dos 27 estados brasileiros tomaram medidas semelhantes.
O Brasil está imunizando grande parte de sua população com a vacina da CoronaVac (produzida em associação com o Instituto Butantan de São Paulo), em menor medida com a da AstraZeneca/Oxford, fabricada localmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e, recentemente, começou a administrar algumas doses importadas da Pfizer/BioNTech nas capitais.
Até o momento, o país imunizou 32 milhões de pessoas com a primeira dose (15% de sua população), e 15 milhões, com a segunda (7%).