A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), promoveu, nesta quarta-feira, 22/6, a “1ª Jornada de Direitos Humanos da Pessoa Idosa”, no Parque Municipal do Idoso (PMI), localizado no bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul. Realizado no Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, o evento teve o objetivo de discutir políticas públicas voltadas à população idosa da capital e estimular novas ações por seus direitos.
Além das questões relacionadas à segurança da pessoa idosa, a iniciativa também buscou debater os serviços já ofertados à população dentro da política de assistência social e como aprimorá-los. De acordo com a secretária da Semasc, Jane Mara Moraes, outro ponto fundamental do evento é a “desmistificação do processo de envelhecimento” em um país onde a população idosa deve superar a de crianças dentro de 20 anos, como apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“As pessoas possuem um preconceito muito grande com o processo de envelhecimento, ainda que todos nós passemos por isso. Estamos vendo uma mudança da situação demográfica no país e precisamos estar preparados e organizados para esse processo do envelhecer em si, desmistificar que isso seja algo ruim e pensar na qualidade de vida que oferecemos aos nossos idosos”, explicou.
Representando a Fundação Doutor Thomas, a psicóloga Ledina Lima também destacou a importância da autoconscientização da pessoa idosa no que diz respeito aos próprios direitos e às formas de se manter saudável ao longo do tempo.
“Os desafios são grandes, sabemos que existem vários aspectos na sociedade que desfavorecem a pessoa idosa, mas é necessário buscar essa qualidade de vida, sobretudo, o próprio idoso. É dele que deve partir essa iniciativa. Não é difícil realizar o atendimento de uma pessoa idosa, difícil é fazê-la entender que envelhecer não é o fim de tudo, mas que muitas vezes pode ser um recomeço”, concluiu.
Uma das propostas debatidas durante a jornada foi a criação de um núcleo de combate à violência contra o idoso, desenvolvido dentro da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI) em parceria com a Fundação Doutor Thomas, Delegacia Especializada em Crimes Contra o Idoso (Decci), conselhos municipais e afins.
“A discussão sobre os direitos da pessoa idosa em todo o sistema é extremamente importante, e nós somos o primeiro Estado do país que está fazendo isso, juntando todas as instituições responsáveis em um projeto desse porte”, declarou o reitor da FUnATI, Euler Ribeiro.
Darcy Modesto, aposentada e participante do grupo de teatro Renascer, viu no evento uma forma de estimular uma terceira idade mais ativa.
“Esse trabalho entre pessoas do município e Estado só nos leva a acreditar que as coisas tendem a melhorar daqui para a frente, basta nos posicionarmos e entendermos que temos direitos e podemos reclamar”, concluiu a senhora de 79 anos.
A programação também contou com a realização da “Tarde Alegre”, com a presença de DJ e aulas de dança para os idosos.