Alerta Global: 2024 se torna o ano mais quente da história e pressiona ação urgente na COP29

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O ano de 2024 já está consolidado como o mais quente de todos os tempos, segundo dados recentes do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia. A média de temperatura global, que se mantém elevada desde janeiro, revela uma tendência alarmante, reforçando que a mudança climática é um desafio inadiável. Essa divulgação ocorre pouco antes da COP29, a conferência climática da ONU no Azerbaijão, onde líderes mundiais se reunirão para discutir um possível aumento no financiamento para ações climáticas.

Especialistas afirmam que o aquecimento global não é mais um cenário distante, mas uma realidade cotidiana que impacta todos os continentes e oceanos. Carlo Buontempo, diretor do C3S, ressalta que as temperaturas recordes são o resultado direto das mudanças climáticas induzidas pela atividade humana.

“O aquecimento está se intensificando em todo o planeta, e estamos constantemente quebrando recordes climáticos”, afirmou Buontempo.

Esse cenário coloca uma pressão adicional sobre os governantes na COP29 para que atuem de forma mais decisiva.

Outro dado alarmante é que 2024 será provavelmente o primeiro ano em que o aumento da temperatura média do planeta ultrapassa 1,5°C em comparação com o período pré-industrial. Este limite, estipulado no Acordo de Paris, visa evitar os impactos climáticos mais severos. A cientista Sonia Seneviratne, da ETH Zurich, expressou sua preocupação com a lentidão das ações globais, observando que, sem mudanças drásticas, o mundo se aproxima rapidamente de consequências irreversíveis.

A expectativa é que a COP29 traga um consenso mais firme sobre o financiamento climático e a transição para fontes de energia mais limpas. A União Europeia, junto com outras nações, deve pressionar por compromissos financeiros mais robustos para acelerar o fim do uso de combustíveis fósseis.

No entanto, a recente eleição de Donald Trump, conhecido por seu ceticismo climático, gera incertezas quanto ao compromisso dos Estados Unidos, uma das maiores economias e emissoras de CO₂, em liderar essa transição global.