Alzheimer: uma doença que não tem cura, mas que pode ser tratada para evitar danos maiores

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Foto: Ascom

A perda de memória recente é um dos primeiros sintomas para diagnosticar o Alzheimer, mas, caso não seja identificada no estágio inicial, outros sintomas podem ir aparecendo ao longo da doença, como a perda das memórias mais antigas, irritabilidade, falhas durante a fala e dificuldades na coordenação motora.

Estima-se que, no mundo, 35,6 milhões de pessoas tenham a doença de Alzheimer e, no Brasil, por volta de 1,2 milhão de pessoas. A neuropsicóloga do Sistema Hapvida, Paula Clarissa explica como a doença que não tem cura se desenvolve e seus principais cuidados.

“A demência de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, caracterizada pela perda gradual das funções cognitivas, fazendo com que o paciente portador tenha um prejuízo nas atividades diárias e, também, no seu desempenho funcional afetando, muitas vezes, suas relações interpessoais. Para fazer o diagnóstico é necessário realizar uma avaliação clínica do declínio cognitivo do paciente e excluir outros fatores etiológicos que possam estar contribuindo pro seu déficit. Dentro da avaliação da demência de Alzheimer, a memória se torna um dos principais marcos cognitivos que podem estar entrando em declínio”, destaca.

A neuropsicóloga relata ainda quais seriam outros fatores que afetam os portadores da doença, além da perda da memória, já conhecida por grande parte da população.

“Além da própria dificuldade na memória, existem outros sinais e sintomas que acompanham a demência de Alzheimer, como por exemplo: apraxia – que é a dificuldade de executar alguns atos motores; agnosia visual – que é quando a pessoa que já está portando Alzheimer começa a apresentar um déficit no reconhecimento das faces, dos objetos, das pessoas; e a afasia – que é o prejuízo das habilidades linguísticas, que pode ser tanto na compreensão quanto na expressão. Com a progressão da doença, todas essas funções cognitivas e outros sinais e sintomas vão aumentando em prejuízo, causando dificuldade nas atividades rotineiras. A pessoa não consegue mais andar ou caminhar sozinha, principalmente, em locais em que ela já estava acostumada a viver. Também é possível apresentar episódios de confusão mental”.

Para finalizar, a especialista alerta para o diagnóstico precoce e o acompanhamento profissional adequado.

“O tratamento para a doença de Alzheimer, é multiprofissional, onde estão envolvidos fármacos, que tem como objetivo retardar a evolução do prejuízo na memória e a progressão da doença como um todo. É importante realizar fisioterapia para Alzheimer, o tratamento fisioterapêutico realizado com frequência é essencial para diminuir as limitações físicas que a doença pode trazer, como por exemplo, a dificuldade para andar e se equilibrar. O tratamento neuropsicológico é fundamental, pois é o que chamamos de reabilitação neuropsicológica, para estimular a memória e, mais uma vez, retardar a evolução do prejuízo nas funções cognitivas superiores. Assim, é necessário fazer esse tratamento multiprofissional para impedir ou atrasar a evolução da doença de Alzheimer”, ressalta.

Fevereiro Roxo

A campanha ‘Fevereiro Roxo’, busca estimular a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do Alzheimer e de outras duas doenças também crônicas e incuráveis, que são o Lúpus e a Fibromialgia.

Lúpus – O lúpus é uma doença inflamatória autoimune que ao se desenvolver pode afetar vários órgãos e tecidos do corpo humano, como articulações, cérebro, pele e rins. Ele pode se manifestar de três maneiras: sistêmico (tipo mais comum e que pode comprometer o organismo com uma inflamação); neonatal (geralmente acomete em recém-nascidos, filhos de mulheres diagnosticadas com a enfermidade), e o lúpus discóide (atinge a pele dos pacientes, que apresentam lesões avermelhadas, principalmente, no rosto, nuca e couro cabeludo).

Fibromialgia – A Fibromialgia é uma doença que se caracteriza pelas fortes dores musculares pelo corpo, mas não apresentando inflamação na região onde se sente as dores. Além disso, pode-se apresentar ansiedade, cansaço, distúrbios de humor, depressão, dificuldade de concentração, além de alterações na memória.