Amazonas emite nota técnica para intensificar vigilância, prevenção e controle de dengue, zika, chikungunya

Nota arboviroses. Foto: Lucas Macedo

Diante do cenário epidemiológico da dengue no Amazonas, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado e Saúde do Amazonas, emite, nesta sexta-feira (29/12), uma nota técnica orientando profissionais de saúde do Amazonas sobre intensificação de ações de vigilância, prevenção e controle das arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

A Nota Técnica nº 23/2023 da FVS-RCP, disponível em: abre.ai/hLiI, refere-se ao período sazonal dessas doenças que coincide com o período chuvoso no Amazonas, normalmente entre os meses de outubro a maio, podendo se estender até o mês de junho. O documento destaca a definição de casos suspeitos de dengue, chikungunya, zika e febre do mayaro, além de fluxo de notificação e notificação compulsória imediata de óbitos, vigilância laboratorial e educação em saúde.

Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS-RCP, aponta que o enfrentamento contra essas doenças se dá no combate ao Aedes Aegypti e a nota técnica orienta a intensificação imediata das ações de controle vetorial.

“Uma das medidas mais eficazes de prevenção é a redução dos índices de infestação e densidade vetorial do Aedes aegypti. Nós estamos trabalhando as medidas preventivas com o foco principal que é a eliminação de criadouros. Se não há água parada, não há mosquito. Então, é importantíssimo fazer essa mobilização social”, disse Tatyana.

Elder Figueira, chefe do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, ressalta que o combate ao mosquito requer a participação das esferas municipais em conjunto com a população para uma mobilização de combate à proliferação do mosquito.

“É necessária uma vigilância constante, a maioria dos criadouros são evitáveis. A gestão municipal deve estabelecer parcerias intersetoriais e interinstitucionais que garantam e fortaleçam a execução das ações de prevenção e controle das arboviroses no município, com a implantação do Comitê Interinstitucional de Vigilância e Controle das Arboviroses do município”, destaca Elder.

Também nesta sexta-feira (29/12), a FVS-RCP divulgou um alerta epidemiológico sobre o período de alta transmissão de arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti no estado. O documento está disponível em: abre.ai/hLdD.

Cenário epidemiológico
Em 2023 (de janeiro a 16 de dezembro), foram notificados 16.289 casos de dengue, 509 casos de Chikungunya e 321 casos de zika, doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti.

Para combater o avanço dessas doenças, a FVS-RCP realiza o monitoramento dos casos notificados para identificação dos municípios com alta, média e baixa incidência do mosquito, capacitação de profissionais de saúde sobre o manejo clínico, ações de controle vetorial nos 62 municípios do interior e publicação mensal sobre o cenário epidemiológico da dengue no estado.

Doenças

A principal forma de transmissão das arboviroses ao homem é a vetorial, que ocorre pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas, no ciclo humano-vetor-humano. Essa espécie está distribuída, geralmente, em regiões tropicais e subtropicais.