Em seu novo artigo publicado no Facebook neste domingo, 3/1, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB/AM), além de parabenizar a vitória do senador Davi Alcolumbre (DEM/AP) – derrotando o senador alagoano Renan Calheiros (MDB) – para presidir o Senado durante os próximos dois anos, destaca a conquista do parlamentar como um momento de esperança para o País, bem como para a Zona Franca de Manaus e todos os amazonenses, já que o eleito vem da região Norte e deve conhecer a importância da Floresta Amazônica para o mundo. Arthur Neto também enfatiza a atuação dos senadores pelo Amazonas, Plínio Valério (PSDB) e Omar Aziz (PSD), na conturbada votação para a presidência do Senado ocorrida neste sábado, 2/2, condenando sequencialmente o comportamento do senador Eduardo Braga.
“A derrota do senador Calheiros para a presidência do Senado, foi saudável para o Brasil. Sinal de mudança. E a vitória do senador Davi Alcolumbre, do Amapá, além de representar esperança para o Brasil, representa reforço à luta por uma Zona Franca forte e renovada. Bem a propósito, circula nas redes vídeo do novo mandatário do Congresso, agradecendo o apoio dos senadores Plínio Valério e Omar Aziz e se declarando à disposição de uma luta que deve ser da Amazônia e de toda a nação. Nosso senador Eduardo Braga preferiu o papel de guarda pretoriana do senador Renan Calheiros”, pontua Arthur.
Para o ex-senador da República e atual prefeito de Manaus, em seu segundo mandato consecutivo, o que precisa ficar claro para Davi Alcolumbre é que a luta não deve ser apenas para manter os incentivos fiscais que têm sustentado a ZFM até o presente. É necessário também dotar o Amazonas de infraestrutura que possa contribuir no escoamento da produção do Polo Industrial de Manaus (PIM) – e por extensão da própria população do Amazonas, que geralmente se desloca do Estado para outros lugares apenas por via aérea. O investimento em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), também são outros fatores apontados por Arthur Neto para reforçar o modelo ZFM.
“É preciso reforma radical na sua infraestrutura, porque nossa internet e nossa telefonia celular atrapalham os negócios; estamos à beira de um caos portuário e houve quem caísse no “conto do “tombamento” do Encontro das Águas, para evitar a construção de um porto de verdade e funcional, que seria um dos pilares do projeto de reabilitação do Polo Industrial de Manaus; a BR-319 precisa sair do chove-não-molha, porque significará a entrada e saída de pessoas do Amazonas para o resto do Brasil e a consequente entrada de brasileiros e estrangeiros em Manaus e, além do mais, porque representará a abertura do Pacífico, via Peru, para os produtos do nosso polo industrial. Faltam treinamento de mão de obra e investimento maciço em capital intelectual; falta aplicação honesta e estratégica dos recursos do P&D (pesquisa e desenvolvimento) – hoje, essa aplicação se dá tipo “preciso aplicar esse dinheiro porque sou obrigado, então me dê o seu projeto que eu financio seja lá o que for”, o que explica os resultados pífios e a invisibilidade de avanços significativos”, observa.
Segundo Arthur, é chegado o momento de trabalhar a incorporação da biodiversidade no cotidiano da produção da ZFM, além da atração de novos polos que possam integrar a quarta Revolução Industrial, a partir da Zona Franca de Manaus.
“Está no tempo de se atrair novos polos, porque, por exemplo, o eletroeletrônico vai minguando e perdendo produtos, em função da convergência tecnológica com a informática. Quem é que ainda compra CDs e DVDs? Quem ainda armazena “seus filmes preferidos” numa prateleira? Tenho falado, a exemplo de novos polos que deveriam ser buscados por nós: os drones. Por quê não? Drones e muitos outros produtos que vêm sendo entregues ao mundo pela quarta revolução industrial”, destaca Arthur Neto.
Ainda em sua publicação, Arthur recorda que a Zona Franca de Manaus é a principal responsável pela floresta amazônica em pé – o equivalente a 97% – e que a destruição de tal modelo econômico seria infelizmente uma oportunidade para que a região fosse dominada pelo narcotráfico, uma vez que sem empregos dignos, as pessoas seriam empurradas à marginalidade.
“A Zona Franca é a principal fiadora da floresta amazônica amazonense (97%) em pé. Para destruí-la, não precisam nem violentar a Constituição e cortar incentivos; basta deixá-la como está, morrendo um pouco todo dia. E o Brasil pagaria o maior preço de todos em termos de desgaste diplomático e ameaças até de intervenção militar, sob a égide das Nações Unidas. Claro, porque desesperados avançariam sobre a floresta e o mundo não deixaria isso barato. Sem falar que o fim da Zona Franca ofereceria, de mão beijada, um exército de pessoas desesperançadas nas mãos do narcotráfico”, salienta o prefeito de Manaus em seu artigo.
A descentralização e a agilidade na aprovação dos Processos Produtivos Básicos (PPBs), que ocorrem em Brasília (DF), também é outro fator, que conforme Arthur Neto precisam ser reavaliados. Para ele, a aprovação dos PPBs pode perfeitamente ocorrer em Manaus, durante as reuniões do Conselho de Administração da Suframa (CAS), contando com a presença de representantes dos ministérios ligados ao PIM.
“Finalmente, essa ditadura da aprovação dos Processos Produtivos Básicos em Brasília, que dura anos e anos, precisa ter um fim. O justo é aprovar os PPBs aqui mesmo em Manaus, durante as sessões do Conselho de Administração da Suframa (CAS), que conta, ou deveria contar, com a presença de representantes de todos os ministérios afins com o tema Polo Industrial de Manaus”, opina Arthur.