Manaus enfrenta uma crise ambiental sem precedentes, marcada por temperaturas extremas e uma densa nuvem de fumaça que cobriu a capital nesta quarta-feira (18). O calor intenso, que atingiu 38,4°C na terça-feira (17), gerou um novo recorde de consumo de energia, ultrapassando 1,8 mil megawatts, conforme anunciado pela Amazonas Energia. O aumento no uso de ar-condicionados e ventiladores em busca de alívio tem sobrecarregado o sistema elétrico, resultando em frequentes interrupções no fornecimento, especialmente na zona Norte.
A situação é agravada por queimadas ilegais que têm gerado um forte odor e poluição do ar, considerado muito ruim em vários bairros da cidade. Especialistas apontam que o desmatamento e o aumento de incêndios, tanto em Manaus quanto no interior do estado, são os principais responsáveis pela degradação da qualidade do ar, afetando diretamente a saúde da população.
Com a previsão de 37°C e sensação térmica ainda maior devido à fumaça, autoridades estão alertando para os riscos à saúde, especialmente para pessoas com problemas respiratórios e cardíacos, crianças e idosos. Moradores são aconselhados a evitar atividades físicas ao ar livre e a manter ambientes fechados para se proteger da poluição e do calor sufocante.
A combinação de altas temperaturas e incêndios não apenas coloca em risco a saúde pública, mas também acentua a degradação ambiental na Amazônia, que continua a sofrer com os efeitos das queimadas. A necessidade de ações urgentes para combater essas práticas e melhorar a infraestrutura de energia na cidade é cada vez mais evidente, refletindo a gravidade da situação enfrentada pelos manauaras.