A CPI da Pandemia terá pelo menos três oitivas na próxima semana. Na terça-feira (6,) será ouvida a servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira; já na quarta (7), será a vez de Roberto Dias, servidor exonerado do MS; e, na quinta (8), fala Francieli Fontana, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Regina é apontada pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão deste, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, como a responsável por autorizar e fiscalizar a importação de 20 milhões de doses do imunizante indiano Covaxin, mesmo diante das divergências em relação ao contrato inicial.
Roberto Dias foi o diretor de logística do Ministério da Saúde. Nomeado em 8 de janeiro de 2019, ainda sob a gestão de Henrique Mandetta, Dias caiu no dia 30 de junho, depois da denúncia de Dominguetti. O ex-diretor confirmou que se encontrou com o policial militar no dia 25 de fevereiro, mas negou ter oferecido qualquer propina ou favorecimento ao representante da Davati.
Francieli, no que lhe concerne, foi coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) por dois anos, até deixar o cargo na última semana. Em entrevista ao Jornal Folha de S.Paulo, afirmou que as falas do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia prejudicaram a estratégia de vacinação do país. “Vimos que começou a haver dúvidas da própria população em relação à vacinação. Precisaríamos ter um comportamento que unificasse o país e uma comunicação única”, diz.