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CPI da covid: Queiroga, atual Ministro da Saúde, deporá hoje (6/05). Anvisa também será ouvida.

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga | Foto: Divulgação
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga | Foto: Divulgação

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as ações do governo e o uso de verbas federais na pandemia de covid-19 ouvirá hoje (06/5) o depoimento do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, às 10h, e o diretor-presidente da Agência de Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, às 14h.

Chamado a depor amanhã, Marcelo Queiroga está à frente do Ministério da Saúde desde 23 de março deste ano. O médico cardiologista assumiu o cargo com o desafio de chefiar a pasta no pior momento da pandemia no país, quando se somavam cerca de 300 mil mortes no Brasil.

O ministro é fortemente cobrado pela vacinação em massa da população. Há poucos dias, em 26 de abril, Queiroga participou de audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19 (CTCOVID19).

À época, Queiroga afirmou que o governo não reduziu suas metas iniciais de imunização, apenas retirou do cronograma vacinas que ainda não foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a indiana Covaxin, que inicialmente teria previsão de 20 milhões de doses em calendário do Ministério da Saúde.

ANVISA

Na tarde desta quinta, os senadores ouvirão também o depoimento do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. A expectativa dos parlamentares é de que ele fale sobre os processos de liberação de imunizantes contra a covid-19, assim como o recente processo que culminou com a negativa do registro da vacina Sputnik V.

PAZUELLO

O general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro, é sem dúvidas, uma das testemunhas mais esperadas na CPI da Covid, e poderá depor na Comissão FARDADO, no próximo dia 19.

Para muitos, esse ato (fardado) daria uma forte conotação de que estaria sendo inquirido na comissão um representante do Exército.

Pensando nesse possível contra-tempo, o senador e presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD), estreitou relações com o general Paulo Sérgio:

“Liguei para o general Paulo Sérgio, primeiro, para comunicá-lo, dizendo que, com a convocação do ex-ministro da Saúde Pazuello, não era o Exército que estava vindo aqui, deixar muito claro e separar o Pazuello do Exército”, disse Aziz.

Para Omar:

“Era importante a gente separar as coisas, para que não se colocasse dúvida da participação do general Pazuello”

“O general Paulo Sérgio tem relevantes serviços prestados ao Estado do Amazonas, onde ele atuou como comandante no município de Tefé, do Exército Brasileiro, atuou no Comando Militar da Amazônia e, por dez anos, serviu lá.”

AGENDA DA PRÓXIMA SEMANA

Com sua programação da próxima semana definida no fim da sessão desta quarta-feira (05/5), a CPI ouvirá Fabio Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social do governo federal, Marta Dias, atual presidente da Pfizer no Brasil, e Carlos Murilo, que já ocupou esse mesmo cargo.

Na quarta-feira (12), serão ouvidos Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, e Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Já na quinta-feira (13), além do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a CPI agendou o depoimento do presidente da União Química, Fernando Marques — a União Química representa a vacina russa Sputnik V no Brasil, que teve sua aplicação negada no País pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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