Saúde/Am – No inicio de 2019, mais precisamente em fevereiro de 2019, o governo do Estado do amazonas convocou a imprensa do Amazonas para constatar um caos que se imperava na Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), herdado do governo anterior “tampão” de Amazonino Mendes.
Naquela ocasião a CEMA tinha um estoque em estado abusivo de vegetação, com aproximadamente 24 toneladas de medicamentos vencidos e estocados lá, como se fosse apenas para dar conteúdo ao armazém da Central.
De lá pra cá, foram necessários muitos destraves como por exemplo trazer de volta a credibilidade junto aos fornecedores de medicamentos para retornarem suas vendas ao Estado do Amazonas que amargavam carência de pagamento e falta de confiabilidade por parte da Secretaria de Saúde, na época a antiga SUSAM.
Pois bem que hoje, dia 21 de dezembro de 2020, o governador Wilson Lima inspecionou pela manhã a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), e constatou que seus estoques atingem 75% de abastecimento de medicamentos e insumos hospitalares.
Lembrando que em janeiro de 2019, quando ele assumiu o Governo do Estado, esse índice era de apenas 12%.
“De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma farmácia ou uma central de distribuição de medicamentos que atinge esse patamar está trabalhando com um percentual de excelência. Para que pudéssemos chegar a esse nível, foram necessários ajustes, medidas e reestruturação da nossa rede. Saltamos de 12% de abastecimento para 75%. O efeito disso foi imediato no atendimento à população, porque faltava remédio nos hospitais e nas farmácias do interior, e hoje conseguimos ter nesses locais um abastecimento que atenda a nossa população”, frisou o governador.
A Cema, unidade de apoio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), é responsável por abastecer todas as unidades da rede estadual da capital e interior, e atualmente trabalha com cerca de 1.300 itens, entre medicamentos e insumos hospitalares. Também é elevado o índice de abastecimento de farmácias nas unidades da rede estadual de saúde, variando de 80% a 90%.
O governador Wilson Lima ressaltou que o abastecimento da Cema e a restruturação da rede estadual de saúde foram fundamentais para melhorar o atendimento junto à população.
“Hoje estamos ampliando algumas estruturas hospitalares, como o hospital e maternidade Balbina Mestrinho, onde aumentamos a quantidade de leitos. Estamos reformando o hospital João Lúcio, colocamos em pleno funcionamento a policlínica Gilberto Mestrinho com a convocação dos bombeiros militares da área de saúde”, ressaltou Wilson Lima, destacando ainda a ampliação do hospital Delphina Aziz.
“Quando eu assumi o governo tínhamos 130 leitos (no Delphina Aziz), e hoje ele passa para 350 leitos. São 140 leitos de UTI, nos últimos cinco dias nós colocamos mais 20 leitos ali naquela unidade. Então são avanços significativos que nós estamos tendo na área de saúde para garantir esse atendimento à população”, assinalou.
Medicamentos de alto custo – O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), que são medicamentos de alto custo, custeados pelo Estado e pelo Governo Federal para atender 12.555 mil usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas, está com 97,3% de abastecimento, um dos mais altos dos últimos tempos.
O Ceaf possui 200 medicamentos em seu padrão atual. A descentralização do Ceaf também contribuiu para ampliar o acesso da população a medicamentos especializados no Amazonas. Já são nove Ceafs descentralizados, sendo oito na capital e um no interior (Humaitá).
“Quando o governador Wilson Lima visitou pela primeira vez aqui e identificou a deficiência, ele determinou que fizéssemos uma reestruturação na questão da logística e, principalmente, na disponibilização de recursos, priorizando a questão dos medicamentos e abastecimento. Então o Fundo Estadual de Saúde priorizou os processos, o diálogo com os fornecedores, melhoria no fluxo de informação e logística”, explicou o secretário da SES-AM, Marcellus Campêlo.
O titular da SES também ressaltou o uso de tecnologia da informação para a agilização do processo.
“Já conseguimos ter das unidades de saúde o consumo de medicamentos. Com isso conseguimos em painéis de gestão verificar o consumo de medicamentos para dispensar o medicamento de forma mais rápida para as unidades”.