Divulvgada a lista atualizada de unidades de saúde que ofertam atendimento antirrábico humano

Sede do Centro de Controle de Zoonoses. Foto: Divulgação Semsa

Com o objetivo de assegurar o acesso a medidas preventivas da raiva às pessoas vítimas de acidentes com animais, a Prefeitura de Manaus divulga a lista atualizada de unidades gerenciadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) que ofertam o atendimento antirrábico humano aos usuários.

Conforme o secretário municipal de Saúde, Djalma Coelho, a lista de unidades que ofertam atendimento antirrábico aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) foi atualizada após a retomada das atividades em estabelecimentos que foram reinaugurados após reforma, bem como da suspensão do serviço naqueles que tiveram as obras iniciadas nas últimas semanas.

“No caso das unidades que entraram em reforma, redirecionamos os atendimentos para outros pontos da rede básica, de tal modo que os usuários tenham sempre pelo menos três locais de referência, dentro de suas zonas distritais, para acesso às medidas preventivas da raiva”, disse o gestor, destacando que o programa de qualificação da rede assistencial de saúde visa dar conforto e segurança nos atendimentos de Atenção Primária à Saúde (APS) no município.

De acordo com a listagem atualizada, os atendimentos antirrábicos humanos, atualmente, acontecem em 17 unidades da rede pública de saúde. A lista completa está disponível para consulta on-line, por meio do link https://www.manaus.am.gov.br/semsa/wp-content/uploads/sites/8/2024/06/RELACAO-DAS-UNIDADES-DE-SAUDE-COM-ATENDIMENTO-ANTIRRABICO-HUMANO.pdf .

Unidades

No Distrito de Saúde (Disa) Leste, os usuários podem buscar a clínica da família Senador Severiano Nunes, que oferta atendimento a casos suspeitos de raiva em substituição à Unidade de Saúde da Família (USF) Leonor Brilhante, hoje em reforma. Na mesma zona sanitária, estão disponíveis a USF Alfredo Campos, USF José Amazonas Palhano e USF Mauazinho, além do hospital Chapot Prevost, da rede estadual.

Os usuários da zona Norte podem se dirigir à USF Áugias Gadelha, em substituição à USF Armando Mendes; USF Arthur Virgílio, em lugar da USF Balbina Mestrinho; USF José Figliuolo; e clínica da família Carmen Nicolau, está com funcionamento também aos domingos e feriados, das 8h às 18h.

No distrito Sul, o atendimento antirrábico humano é direcionado à USF Lúcio Flávio Dias, em substituição à USF Morro da Liberdade, em obras, e também à USF Theomário Costa e USF José Rayol dos Santos, além da USF Petrópolis, que volta a ofertar o serviço após reinauguração, no início deste mês.

O atendimento na zona Oeste está disponível na USF Deodato de Miranda Leão, na USF Parque das Tribos e na policlínica Djalma Batista, estas duas últimas em substituição das unidades em obras, a USF Lindalva Damasceno e a USF Leonor de Freitas, respectivamente.

Tratamento e cuidados

A chefe do Núcleo de Controle de Doenças de Notificação Compulsória e Agravos Imunopreveníveis, Sulamita Maria da Silva, explicou que o atendimento antirrábico humano na rede pública de assistência inclui medidas para prevenção da raiva em pessoas mordidas por cães ou gatos, a depender do tipo de exposição e do animal agressor.

“O profissional de saúde vai avaliar o caso, segundo o relato do usuário, e apontar as medidas adequadas, em conformidade com os protocolos do Ministério da Saúde para prevenção da doença”, explicou a servidora.

Sulamita ressaltou que a raiva é uma doença infecciosa grave, que causa encefalite progressiva e aguda, capaz de levar a óbito em praticamente 100% dos casos. Ela apontou que o vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, causador da doença, pode ser transmitido a partir do contato da pele ou mucosas com a saliva de animal doente, por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura.

No caso de acidentes desse tipo, orientou Sulamita, as vítimas devem lavar imediatamente o ferimento com água e sabão, e buscar a unidade de saúde de referência mais próxima, com urgência, para tratamento adequado. No caso de cães e gatos, ela recomenda não matar o animal envolvido, mas mantê-lo em observação.

“Esse animal deve ser observado durante dez dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva. Isso vai permitir à equipe de saúde avaliar a necessidade ou não de tratamento, e definir o esquema profilático mais apropriado, quando necessário”, assinalou.

A gestora recomendou ainda à população que comunique os órgãos de saúde e de vigilância nos casos de animais que começam a apresentar comportamento diferente, mesmo que não tenha ocorrido agressão. Também nesse caso, ela orientou os usuários a não matar o animal.

“O que o usuário precisa é buscar a unidade de saúde de referência e entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses, da Semsa, pelo telefone 0800-280-8280, para orientação e medidas adequadas de prevenção e controle”, concluiu.