Em 2018, o Amazonas produziu cerca de 93,8 milhões de abacaxis. Atualmente, o estado é o segundo maior produtor de abacaxi na região norte, contribuindo com 15% da produção, o que representa 6% da produção nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-PAM/2016). Os municípios com maior representatividade nessa cultura são Itacoatiara – nos Distritos Vila Engenho e Novo Remanso – e Careiro da Várzea, segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).
De acordo com a engenheira agrônoma do Idam Silvia Christina de Abreu, o município de Itacoatiara (distante 214 quilômetros da capital) produz 76,5% desta cultura, sendo assim o maior produtor de abacaxi no estado. Em seguida, aparece o município do Careiro da Várzea (município distante 21 km de Manaus) com 5,5%. Segundo o Relatório de Atividades Trimestrais (RAT) do Idam, de 2018, os dois municípios juntos produzem 82% da produção do abacaxi no Amazonas.
Atualmente, os produtores rurais de Novo Remanso integram duas organizações: a Cooperativa Agropecuária do Novo Remanso (Coopanore), que o ano passado ganhou do Fundo de Promoção Social (FPS) uma câmara frigorífica com capacidade de armazenamento de 70 toneladas, e a Cooperativa dos Produtores Rurais da Comunidade Sagrado Coração de Jesus do Paraná da Eva (Ascoope).
Segundo o Idam, os produtores têm ainda duas agroindústrias de beneficiamento de polpas de frutas: a Uni Frut – que é particular – e a Ascoope. Elas processam boa parte da produção de frutas, em especial o abacaxi, onde a região tem potencial de 400 toneladas de armazenamento.
Característica – De acordo com dados do Idam, o abacaxi do Amazonas é característico por ser bastante doce, em razão de sua baixa acidez, o que o diferencia dos produtos cultivados em todo o restante do país. No entanto, o produto regional ainda não é escoado para outras partes do Brasil.
Abacaxi in natura – Há estudos do Idam que servem de subsídios para se elaborar uma proposta de projeto de viabilidade econômica para a implantação de uma estrutura de packing house (casa de embalagem) de abacaxi in natura, que pretende sanar gargalos de comercialização vividos pelos produtores, possibilitando a chegada do abacaxi em outras praças.