A inesperada queda do nível dos rios na região está impactando severamente a economia da Zona Franca de Manaus (ZFM) e, por consequência, do estado do Amazonas.
Por exemplo, na próxima semana, 35 empresas no polo industrial da ZFM tomarão uma medida extraordinária ao conceder férias coletivas a seus funcionários. Entre as grandes fábricas que suspenderão a produção até o dia 4 de novembro, incluem-se a LG, Samsung, Yamaha e Philco, resultando em cerca de 25 mil trabalhadores sendo liberados para suas casas.
A homologação do acordo para as férias coletivas começou no Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas.
Os impactos nas receitas do Governo do Estado e das prefeituras se tornarão inevitáveis, uma vez que a maior parte da receita de ICMS é proveniente da venda de produtos da ZFM para outras regiões do país, compreendendo, assim, o orçamento do Estado e das prefeituras.
A situação de crise pode persistir até o período natalino, conforme alertado por Jorge Nascimento Júnior, presidente da Eletros, a entidade que representa as gigantes da Zona Franca de Manaus. Ele expressou preocupação, afirmando: “Se a situação de seca persistir por mais cerca de 20 dias, há risco de escassez no Natal.”
Além disso, o presidente da Eletros fez um apelo ao governo federal, destacando a falta de informações sobre as operações de dragagem, apesar dos anunciados investimentos de mais de 100 milhões de reais. Essa situação está se tornando cada vez mais preocupante, e o estado já havia enfrentado uma frustração de receita de mais de 1 bilhão de reais nos seis primeiros meses do ano.
