Assessores pedagógicos da Prefeitura de Manaus participaram, nesta quarta-feira, 8/11, da Capacitação de Introdução da Justiça Restaurativa, em tempo integral. A programação beneficiou 25 educadores da Divisão Distrital Zonal (DDZ) Centro-Sul, da Secretaria Municipal de Educação (Semed), no auditório da divisão localizado no bairro Cidade de Deus, zona Leste. A ação é resultado da cooperação do Núcleo de Parcerias Institucionais (Nupi) da Semed com o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJ-AM).
Já foram realizadas as formações com os assessores das DDZs Rural, Leste 1 e 2. Esse projeto ocorre justamente quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) declarou 2023 como o “Ano da Justiça Restaurativa na Educação”, para reforçar o combate à violência nas escolas.
A Justiça Restaurativa é um novo modelo de justiça voltado para as relações prejudicadas por situações de violência, valoriza a autonomia e o diálogo, criando oportunidades para que as pessoas envolvidas no conflito, possam conversar e entender a causa real do conflito, a fim de restaurar a harmonia e o equilíbrio entre todos.
Para a gerente pedagógica da DDZ Centro-Sul, Sabrina Campêlo, é mais um aprendizado sobre a temática e será muito válido para agregar as outras dentro das unidades de ensino.
“Os nossos assessores estão conhecendo sobre a temática. A partir daí, vamos fazer todo encaminhamento para orientar os nossos diretores para fazer esse trabalho dentro das escolas. Hoje em dia nós necessitamos, como foi falado, do ciclo da paz, das relações interpessoais dentro da escola, de saber mediar e saber ter o diálogo entre os pares, tanto na escola e a divisão”, comentou.
Uma das palestrantes do encontro, a facilitadora da Justiça Restaurativa do TJ-AM, Nayluce de Lima, afirmou que a metodologia vem para ajudar os educadores nas escolas, na qual a parceria vem para firmar todo esse trabalho entre as instituições.
“Nós estamos introduzindo nessa divisão, para que esses assessores pedagógicos comecem a entender qual a importância dessa ferramenta para trazer uma escola de paz, uma escola de mais tranquilidade para os alunos, mais diálogo, de facilidade, de escuta, diálogo com o aluno, a família e a comunidade como um todo. O tribunal veio agregar, junto à Semed, essa ferramenta, para que os assessores conheçam para facilitar a vida na questão do diálogo, junto com o aluno, a comunidade e a família”, disse.
A assessora pedagógica do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), Michele Pimentel, ficou muito entusiasmada com a temática, pois só vem para somar com o trabalho realizado dentro de toda a rede.
“É um tema muito importante. Eu me proponho a ser uma semeadora, porque na educação nós trabalhamos com os alunos dos anos finais, com adolescentes. Essa palestra vem para uma resolução de conflitos. Em vez de você sempre procurar o Judiciário, você tem como ter uma vivência de ter um diálogo, de ir junto com a pessoa e conversar e resolver esses problemas. O Judiciário trabalha com a resolução de problemas e nós trabalhamos com as causas. Quando acontece algo na escola, nós vamos procurar as causas e tentar resolver da melhor forma possível por meio do diálogo”, salientou.