Em Roraima 500 famílias indígenas serão beneficiadas com projeto de piscicultura

Foto: Divulgação/SEI

A comunidade do Sucuba, no município de Alto Alegre, será a primeira de 57 comunidades contempladas pelo projeto de criação de peixes do Governo de Roraima, executado pela SEI (Secretaria do Índio). Com a introdução de alevinos em tanques escavados e enlonados, a proposta visa dar alternativa de atividades à agricultura indígena, garantir segurança alimentar e possibilitar a comercialização do excedente da produção.

As comunidades a serem atendidas estão divididas em oito municípios. Em cada localidade serão atendidas 10 famílias, beneficiando 570 famílias ao todo. O governador Antonio Denarium pontuou que o Estado tem realizado várias ações como a introdução da criação de peixes com o objetivo de trazer uma nova realidade para as comunidades, tendo como base forte a agricultura familiar e, agora, a piscicultura.

“Primeiro, foi a produção de grãos nas comunidades indígenas, onde expandimos para mais de 1,2 mil hectares, o que provou ser forte dentro desses locais. E agora estamos levando a introdução de alevinos, para que os indígenas aumentem essa gama de produção em suas terras. Ganha as comunidades, ganha o povo roraimense”, destacou o governador.

Segundo tuxaua da comunidade Sucuba, Marcos Vinicius Mesquita da Silva, que também coordena o polo de produção, o incentivo que a secretaria vem dando às comunidades indígenas é fundamental.

“O Governo do Estado trabalha cada vez mais em prol dos povos indígenas, buscando incentivar as comunidades a produzir e comercializar seus produtos, para assim se tornarem sustentáveis. A comunidade está feliz com esse projeto de piscicultura, pois será de grande relevância para as famílias”, disse o tuxaua.

Treimamento 

De acordo com Claudionei Simon, diretor do Departamento de Apoio à Produção Indígena, além da introdução de alevinos nas comunidades, a SEI também realizará treinamentos dentro das comunidades, visando a comercialização do excedente, ganrantindo a reintrodução de novos peixes.

“Para o andamento do projeto, estão previstas capacitações como os demais projetos. Estamos firmando parceria com o Instituto Federal do Amajari e agora iniciamos uma conversa pra fazer uma parceria juntamente com a Universidade Federal de Roraima, principalmente com o curso de zootecnia”, explicou.

Simon explicou ainda que havendo produção excedente, o pescado deverá ser comercializado nas próprias comunidades, municípios do interior e em Boa Vista.