Ações estratégicas executadas pelo Governo de Roraima têm contribuído para o fomento do artesanato roraimense. E graças às medidas de incentivo, tem sido fortalecida a participação de artesãos roraimenses em eventos locais e nacionais.
Nesse sábado,19, Dia Nacional do Artesão, profissionais celebram o reconhecimento da sociedade e traçam o planejamento de metas para 2022.
Por meio da integração entre as secretarias do Índio e do Trabalho e Bem-Estar Social, o governo tem incentivado a produção, estruturação e comercialização de produtos, possibilitando aos artesãos indígenas e não-indígenas, maior autonomia para o trabalho de divulgação da arte roraimense.
“O nosso objetivo é desenvolver Roraima em todas as áreas e a cultura também é prioridade. Por isso tenho orientado a equipe de governo que as secretarias estaduais façam um trabalho conjunto e somem esforços para que as ações do governo consigam apresentar um resultado melhor e mais eficaz para a população”, explicou o governador Antonio Denarium.
De acordo com Lucineide Rocha, coordenadora do Programa de Artesanato de Roraima, organizado pela Setrabes, graças ao apoio do governo, novos artesãos têm sido beneficiados pelo programa, que atualmente conta com 200 artesãos cadastrados e atendidos pelas ações do PAR.
“O governo tem contribuído para as ações e incentivado as medidas de reestruturação e graças ao apoio nos últimos anos, temos aumentado de forma gradativa o número de artesãos no programa. Com isso, montamos uma lojinha de venda e divulgação dos trabalhos, onde eles deixam parte da sua produção aqui na sede para venda na Setrabes e também nas feiras itinerantes que fazemos junto às instituições do Estado”, esclareceu a coordenadora.
Síria Maria Mota Bezerra, diretora do Centro de Artesanato Indígena Ko’go Damiana – CAIKD da Secretaria do Índio, explica que o artesanato indígena também tem sido fortalecido em Roraima.
“A Secretaria do Índio tem tido o apoio do governo no sentido de dar condições aos artesãos de divulgar e vender seus produtos diretamente ao público e, com isso, o valor resultante da venda do artesanato indígena é destinado diretamente às comunidades indígenas, ou seja, as comunidades recebem o recurso direto sem precisar passar por terceiros. O Estado incentiva, colabora e o lucro vai direto para as comunidades indígenas, graças ao apoio do governo que possibilitou a reestruturação do setor e a geração de renda”, complementou.
Ações do governo têm contribuído para o artesanato roraimense ganhar visibilidade local e nacional
Após seis anos de ausência, o artesanato roraimense esteve presente no ano passado, no “14º Salão de Artesanato Raízes Brasileiras”, realizado em Brasília e considerado o maior encontro nacional dessa área. Durante os cincos dias de evento Roraima foi representado com peças de artesanato de etnias indígenas e não-indígenas. Outra conquista foi a participação na 32° Feira Nacional de Artesanato, realizada ano passado, em Minas Gerais.
Destaque ainda para a Vitrine Emanon, que significa “Bonito” em macuxi, criada em agosto de 2020, com o objetivo de divulgar a arte indígena e fomentar a geração de renda de forma justa e com o reconhecimento merecido, onde cerca de 58 artesãos de todas as etnias têm tido a sua arte valorizada e fortalecida.
“A partir do momento em que fazemos a divulgação fortalecemos também o fomento desses produtos. E em breve vamos iniciar as oficinas de capacitação, para envolver a arte indígena em 42 polos de 11 municípios, para alcançar até 1.000 artesãos, ou seja, vamos conseguir alavancar a arte indígena em Roraima. E graças ao apoio do governo, participar novamente dos eventos nacionais”, ressaltou.
Artesãos se emocionam ao falar sobre a arte roraimense –
A artesã Rosângela Nogueira, conhecida como Rosi biscuit, trabalha com artesanato há 18 anos. E a cada dia que passa tem ampliado a produção. Para ela o artesanato é um dom e tem proporcionado conquistas todos os dias.
“Nesses 18 anos trabalhando com artesanato tenho aprendido muito, especialmente com o biscuit. E aprendi a explorar também o artesanato indígena, a modelagem de biscuit e me sinto feliz por ver a minha arte sendo divulgada e valorizada”, disse Rosângela.
A artesã Vanda Domingos da Silva é indígena e aprendeu a trabalhar com artesanato na infância, quando via minha mãe fazendo peças de artesanato.
“Eu aprendi com a minha mãe e repassando para minhas filhas para que a juventude não esqueça da nossa cultura. Eu tenho levado a arte para vários lugares em Roraima e fora do Estado, tenho peças vendidas para a Europa, Jamaica, Estados Unidos, Guiana Inglesa e é muito bom, porque fico muito alegre e me dá coragem para continuar fazendo artesanato junto com meus filhos e filhas e os outros parentes”, complementou.