A eleição presidencial dos Estados Unidos, que será decidida nesta terça-feira (5), deve impactar profundamente o cenário internacional, dada a influência global da maior potência militar do mundo. A disputa entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump é acompanhada de perto por diversas regiões, incluindo Brasil, América Latina e China, que aguardam o resultado para definir seus rumos estratégicos com o próximo presidente dos EUA.
Para o Brasil, uma vitória de Donald Trump pode trazer mudanças significativas. Com tendências mais à direita, Trump tende a fortalecer alianças com governos de viés semelhante na América Latina, o que pode influenciar o panorama político da região. Já Kamala Harris, com uma postura diplomática diferente, provavelmente manteria uma abordagem mais cautelosa em relação às relações com os países latino-americanos.
A China também está no centro das atenções, pois a rivalidade entre Washington e Pequim deve continuar, independentemente do vencedor. Tanto Trump quanto Harris veem o avanço chinês como uma ameaça estratégica, mas suas abordagens podem variar em intensidade. A disputa por influência na América Latina, especialmente em países portuários como Brasil e Peru, deve se acirrar, com os EUA pressionando para limitar a presença chinesa no comércio e na política regional.
A política externa americana em regiões de conflito, como o Oriente Médio, deve manter uma linha consistente. O apoio incondicional dos EUA a Israel é um ponto fixo, independentemente de quem assuma a presidência. No conflito entre Rússia e Ucrânia, porém, uma mudança de liderança pode influenciar o nível de apoio norte-americano à Ucrânia. Harris manteria o atual suporte financeiro e militar, enquanto Trump sinalizou uma possível redução gradual desse auxílio, o que pode alterar o curso do conflito e a dinâmica de poder no Leste Europeu.