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Evento encerra semana contra doenças transmitidas pelo Aedes aegypti na Zona Norte da Capital

Foto: Divulgação Semsa e FVS

O Amazonas realizou, nesta quarta-feira (07/12), o encerramento da semana estadual de mobilização social para intensificar a prevenção contra doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, no Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, na zona norte de Manaus.

O ato de encerramento é uma realização da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES).

A ação ocorre também em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), Secretaria de Estado de Assistência Social (SEAS), Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa) e Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Programada para ocorrer na primeira semana do mês de dezembro, conforme a lei estadual nº 4.398/2016, as atividades foram realizadas em todas as zonas de Manaus em parceria com a Semsa.

Segundo o chefe do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Elder Figueira, a programação foi desenvolvida para integrar ações das instituições que realizam o enfrentamento e prevenção às arboviroses (doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti), como dengue, zika e chikungunya.

“(Esse evento) é um preparativo, já que inicia agora o período sazonal das chuvas e, consequentemente, você tem mais disponibilidade de criadouros para o mosquito. Então, a gente inicia, para 2023, um momento de intensificar as ações de controle do mosquito”, destacou Elder.

A diretora de Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e da Saúde do Trabalhador da Semsa em Manaus, Marinélia Ferreira, enfatizou que as ações de combate ao Aedes aegypti são realizadas ao longo do ano em Manaus.

“Temos que colocar para a população essa sensibilização de mostrar que, com dez minutos, você consegue verificar possíveis focos (do mosquito) na sua residência”, afirmou a diretora.

Pela FVS-RCP, a programação do evento incluiu apresentação do cenário epidemiológico; distribuição de telas de proteção para caixa d’água; exposição das ferramentas de controle vetorial do Programa Estadual das arboviroses; exposição do ciclo biológico do mosquito Aedes aegypti e apresentação da classificação, comportamento e fisiologia do mosquito.

Também foi distribuído material educativo à comunidade local que também foi orientada sobre as medidas de prevenção contra o Aedes aegypti, jogos lúdicos e pedagógicos de medidas de prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Foto: Divulgação Semsa e FVS

Comunidade

Uma das pessoas que compareceram ao evento, foi a estudante Diuenny Kevin, de 17 anos, aluna da Escola Estadual Senador João Bosco Ramos Lima, instituição estadual de ensino da Seduc.

A jovem foi selecionada, entre sete mil candidatos, para participar do programa Jovens Embaixadores, iniciativa dos Estados Unidos, e realizará um intercâmbio de curta duração no país norte-americano devido à experiência no programa de brigadas contra o Aedes aegypti desenvolvido nas escolas estaduais.

“O nosso projeto da brigada escolar visa conscientizar todos os alunos da comunidade escolar para que eles possam saber dos riscos e das situações de como acontecem as situações de contaminação do mosquito (Aedes aegypti)”, afirmou a estudante.

Cenário no Amazonas 

Dados consolidados pela FVS-RCP apontam para redução de 36,2% nos casos de dengue no Amazonas no comparativo entre janeiro a novembro de 2022 (9.202 casos) e janeiro a novembro de 2021 (14.432 casos). Também no Amazonas, foram registrados 14.907 casos de dengue de janeiro a dezembro de 2021.

O Amazonas apresenta risco médio de infestação do Aedes aegypti, conforme o 4º Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) do Amazonas relativo ao bimestre outubro e novembro de 2022. Manaus, capital do Estado, também apresenta risco médio. O LIRAa foi realizado por 44 municípios no Amazonas.

Já sobre as demais arboviroses transmitidas pelo mosquito, foram registrados 359 casos de chikungunya de janeiro a novembro de 2021 e 436 casos de janeiro a novembro de 2022. De janeiro a dezembro de 2021, foram 372 casos notificados de chikungunya.

No cenário do zika no Amazonas, foram registrados 212 casos de zika de janeiro a novembro de 2021 e 328 casos de zika de janeiro a novembro de 2022. Já de janeiro a dezembro de 2021, foram registrados 218 casos de zika no Amazonas.

Os dados constam no sistema de informação oficial do Ministério da Saúde e estão sujeitos a atualizações.

Casos em Manaus 

O município de Manaus registrou, entre janeiro e novembro deste ano, 1.033 casos confirmados de dengue, 60 casos de zika vírus e 41 casos de chikungunya.

De acordo com o chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, o número de casos das três doenças este ano, em Manaus, apresenta uma redução de 40% em relação ao ano passado, sendo que a perspectiva é encerrar o ano com uma redução de 50%, mas que a população deve manter a atenção para o controle da doença, considerando o período sazonal para o aumento de casos das doenças.

“Fizemos um levantamento e detectamos um pequeno acréscimo de casos de dengue no mês de novembro, principalmente nos bairros do Coroado, São José e Petrópolis. A Semsa já orientou os profissionais de saúde desses bairros para intensificar as ações e os moradores devem reforçar os cuidados. Normalmente, o período com maior registro de casos é de janeiro a março. E para continuar a redução de casos, é necessário sempre reforçar o controle do Aedes no início de cada ano”, alertou Alciles Comape.

A dona de casa Sabrina Damasceno, de 22 anos, disse que manter o ambiente de casa livre de possíveis criadouros do Aedes aegypti é prioridade, principalmente por causa da filha de quatro anos.

“Sempre olho o quintal para ver se tem água parada, limpo, viro as garrafas e as tampas, fecho o tanque de água. Criança sempre deixa brinquedos espalhados e tem que virar tudo para não ter água parada. Nesse período de chuva, que chove quase todo dia, tem sempre que olhar para não ter água parada mesmo”, afirmou Sabrina.

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