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Exportação de gás dos EUA atrasará alívio energético na Europa em meio à crise

A decisão de Donald Trump de reverter a proibição de exportações de gás natural liquefeito (GNL) dos EUA visa impulsionar a indústria energética americana. No entanto, os benefícios dessa medida para a Europa, maior compradora de GNL americano, só serão sentidos após 2030. A Europa enfrenta desafios energéticos imediatos e busca alternativas ao gás russo, mas a nova oferta dos EUA não chegará a tempo de resolver o problema atual.

Desde a invasão da Ucrânia, a União Europeia tem reduzido sua dependência do gás russo, importando mais GNL dos EUA e de outros fornecedores. No entanto, o contrato que permite o trânsito de gás russo pela Ucrânia expira em 2025, afetando diretamente países como Áustria e Hungria. Embora a escassez de energia não seja iminente, essa mudança dificultará o reabastecimento de estoques, elevando os preços do gás no curto prazo.

A oferta global de GNL deve crescer a partir da segunda metade da década, impulsionada por novos projetos nos EUA e Catar. Analistas preveem que os preços do gás na Europa cairão pela metade até 2026, mas ainda permanecerão acima dos níveis anteriores à crise energética. A dependência de importações de longas distâncias mantém os custos elevados, deixando as indústrias europeias em desvantagem competitiva em relação aos EUA.

Empresas europeias, especialmente em setores que consomem muita energia, já transferem operações para regiões com custos mais baixos, como a Costa do Golfo dos EUA. A volatilidade nos preços do gás continua sendo um desafio para a economia europeia. Enquanto isso, a administração Biden pausou autorizações para novos projetos de exportação de GNL, citando preocupações ambientais, mas Trump planeja suspender essa moratória, o que pode alterar o mercado global de gás no futuro.

Com bases nas informações da CNN Brasil – Money

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