O diretor-presidente do Grupo Samel, Luis Alberto Nicolau, divulgou na noite desta terça-feira, 8, um comunicado em que volta a repudiar as sucessivas tentativas do jornal O Globo de politizar as discussões e gerar desinformação em torno do estudo clínico que testou o medicamento proxalutamida no tratamento da Covid-19 no Amazonas.
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O gestor da rede hospitalar afirmou que todos os questionamentos levantados pelo veículo sobre a pesquisa científica possuem caráter meramente burocrático, ignorando os resultados concretos positivos já divulgados. Nicolau assegurou que o fármaco foi eficaz para salvar vidas e não provocou óbitos nem efeitos adversos graves em nenhum dos participantes voluntários do ensaio.
“As questões levantadas (pela reportagem) são estritamente burocráticas, como por exemplo, o local de Brasília e não de Manaus, o interior que não foi comunicado previamente. Todas essas questões burocráticas já estão sendo resolvidas. Agora, o principal que nós devemos falar aqui é da eficiência do remédio. O que a proxalutamida fez aqui no Estado do Amazonas foi salvar muitas vidas”, garantiu.
Nicolau explicou que o estudo de uso do medicamento foi feito de modo complementar ao tratamento padrão de pacientes de Covid-19.
“Que fique muito claro de uma vez por todas: o uso da proxalutamida é uma terapia adicional, ou seja, todos os protocolos padrões de cada hospital continuarão os mesmos, sendo apenas adicionados os comprimidos. Não há que se falar em substituição de tratamento e, sim, de adição. Não foi reportado nenhum efeito adverso grave e foram respeitados todos os direitos dos pacientes, com todos os termos de consentimentos assinados pelo paciente ou seu familiar”, declarou.
Dirigindo-se a O Globo, o gestor classificou a narrativa do jornal como irresponsável e leviana.
“Vocês (O Globo) estão politizando a ciência, estão confundindo a cabeça das pessoas entre cloroquina e proxalutamida. Cloroquina é um antiparasitário e proxalutamida é um antiandrogênico, ou seja, são duas coisas totalmente diferentes. Esse tipo de narrativa é que gera a desinformação e essa desinformação também contribui muito com o número de óbitos que nós estamos vivendo no Brasil”,
Sem direito de resposta
Nicolau revelou que sequer foi procurado pela jornalista Malu Gaspar, colunista do jornal, para comentar as informações. “Eu tenho certeza que se o nosso hospital tivesse no eixo Rio-São Paulo, a senhora estaria dando outro tratamento”, criticou.
“A Samel é uma empresa que existe no Amazonas há mais de 40 anos, que tem mais de 100 mil usuários no seu plano de saúde, com mais de 1,5 mil profissionais que aqui trabalham, com ONA nível 3, que é o certificado máximo em qualidade no Brasil. Então, a senhora deve respeito a todos esses profissionais e ao Estado do Amazonas.”
“Quero reafirmar aqui, mais uma vez, o compromisso da Samel com a ciência, com a vida e com a transparência. Estamos à disposição de todo o Brasil para que possamos discutir protocolos, resultados, dados, qualquer tipo de discussão que envolva sempre o bem-estar do paciente. E reafirmar que os nossos resultados clínicos são os melhores, com as menores taxas de óbitos do Brasil”’, concluiu o diretor-presidente.