Centro de excelência e referência em atendimentos médicos de média e alta complexidade, o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Rinaldi Abdel Aziz, na Zona Norte de Manaus, é o maior consumidor de gás natural canalizado (GN) do setor comercial no Amazonas. Em julho, a unidade consumiu 9.979 metros cúbicos, sendo o combustível utilizado na lavanderia, em equipamentos da cozinha e no sistema de aquecimento de água.
O quantitativo consta no relatório de julho enviado pela Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) para a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Amazonas (Arsepam), responsável pela regulação da distribuição de GN, por parte da Cigás, assim como das demais empresas que queiram se enquadrar nas categorias consumidores livres, autoprodutores e autoimportadores previstos na Resolução N.º 005/2023 – Cercon/Arsepam.
O diretor-presidente da Arsepam, João Rufino Júnior, informa que uma equipe do Departamento de Recursos Energéticos (Dere) da autarquia foi ao hospital averiguar a forma de uso do GN no local.
“Estamos atentos e averiguando como os setores utilizam o GN em seus processos, se as instalações estão em bom estado de conservação e aplicadas de forma correta. Encontramos bons frutos da utilização do GN no Delphina Aziz. O combustível aprimorou a eficácia de diversos procedimentos”, disse o gestor.
Ele acrescenta que a conversão de gás liquefeito de petróleo (GLP), combustível usado anteriormente na unidade, para o GN assegura uma economia de cerca de 40% nos processos. O uso do GN em órgãos e estruturas públicas é uma orientação do governador Wilson Lima, segundo Rufino Júnior, e ele adianta que em breve o Dephina Aziz deve utilizar o GN também no gerador de energia.
Durante a vistoria, Leonardo Marques, gerente de operações da OPY Health, empresa responsável pela infraestrutura do hospital, explica que o GN ajuda, diariamente, nos procedimentos realizados em 4.500 pessoas, seja na lavanderia, cozinha e no aquecimento de água.
Benefícios do GN
Conforme o supervisor de serviços, Diarlis Sousa, ocorreu a otimização das despesas, com a vinda do GN. Ele conta que o GLP deixava um odor nas roupas higienizadas na lavanderia. Com a chegada do GN, o problema foi resolvido e os profissionais do setor conseguiram apresentar um material com mais qualidade e promover um melhor acolhimento aos pacientes e colaboradores.
No sistema de produção de alimentos também ocorreu o aumento na eficiência dos trabalhos, por meio da implementação do GN. “Estamos produzindo acima de 120 mil refeições mensais. Estas são destinadas para pacientes, acompanhantes, leitos e profissionais que trabalham aqui”, salienta o coordenador de nutrição e dietética, Thiago Lucas.
Conversão
O Delphina trabalhava com o GLP, mas em 2021, a equipe administrativa da unidade, por não considerar o GLP uma fonte renovável e segura, optou por fazer a conversão para o GN. Esta proporcionou, de acordo com Leonardo Marques, diversos ganhos nas operações executadas.
“O processo de abastecimento do GLP acontecia por meio de um caminhão, era um risco para todos do hospital. Em toda operação tínhamos que colocar bombeiros e monitorar 24 horas o ambiente, pois podiam ter vazamentos. Com o GN, ofertamos o melhor para a população”, disse.
A rede de gás natural passa na Avenida Torquato Tapajós, em frente ao Delphina, o que facilitou as obras de interligação, operadas pela Cigás, acompanhadas e fiscalizadas pela equipe técnica da Agência Reguladora.
Mais dados
Além do Hospital Delphina Aziz, em julho os maiores consumidores do setor comercial foram a Lavanderia Lava Sec Passa (5.875 m³); a Padaria Conde do Pão – unidade do bairro Dom Pedro (5.640 m³); o Hotel Holiday Inn (4.561 m³); e a rede North Hotéis (4.050 m³).