Jovens entre 20 e 29 anos de Roraima lideram os registros de HIV

Sumaia Dias - Nucleo de Controle AIDS. Foto: Ascom
Sumaia Dias - Nucleo de Controle AIDS. Foto: Ascom

Entre os meses de janeiro a outubro deste ano, foram contabilizadas 252 pessoas infectadas com o vírus que causa a doença, o HIV. O mesmo padrão se repetiu nos dois anos anteriores. Em 2019 foram eram 599 casos, já em 2018 foram 661.

Em relação aos números de 2020, o maior número de casos está entre o público masculino jovem, com idade entre 20 e 29 anos, com 169 registros. Em seguida aparecem as mulheres na mesma faixa-etária, com 83 casos. Os dados são do Núcleo Estadual de Controle de DST/AIDS da Secretaria de Saúde.

A diretora do Núcleo Estadual de Controle de DST/AIDS, Sumaia Dias, reforça o alerta sobre a importância da prevenção. “Existe uma diferença entre HIV e Aids, e nem todo paciente com HIV chega a desenvolver a Aids. A infecção pelo HIV evolui para Aids quando a pessoa não é tratada e sua imunidade vai diminuindo ao longo do tempo, pois, mesmo sem sintomas, o HIV continua se multiplicando e atacando as células de defesa, já a pessoa com o diagnóstico do HIV não apresenta doenças oportunistas”, explicou.

Ela ressalta que a prevenção inclui a Profilaxia Pré-Exposição (PREP) ao HIV, por meio do uso preservativo de medicamentos antes da exposição ao HIV.

“Essa medida reduz a probabilidade da pessoa se infectar, mas o uso do preservativo é fundamental para a prevenção à Aids e continuará sendo sempre, pois o vírus não faz escolhas e pode atingir qualquer pessoa”, enfatizou.

Com o avanço da medicina, receber o diagnóstico de Aids não significa uma sentença de morte, pois hoje é possível ser soropositivo e viver com muita qualidade de vida assim como a dona Carmelita Sabino de Moura, de 58 anos, que desde de 2005 realiza o tratamento.

“Quando eu descobri em 2005, a minha sorologia já estava quase com o quadro de HIV, hoje me considero uma pessoa abençoada pois eu estava em fase terminal, com várias doenças oportunistas e desde 2006 que realizo o tratamento direitinho, desde então não tenho nenhum problema de saúde, estou muito bem comigo mesma, mantenho uma alimentação saudável e sou feliz”, acrescentou.

PREVENÇÃO – O HIV é transmitido principalmente por relações sexuais (vaginais, anais ou orais) desprotegidas, e isso não deve ser relacionado com a orientação sexual do indivíduo já que independente da orientação, o verdadeiro problema se encontra na relação sexual sem proteção desse indivíduos, isto é, sem o uso do preservativo.

“Neste ano, o alerta é para a importância da adesão ao tratamento, pois quanto mais precoce e adequado ele for, a carga viral, que é a quantidade de HIV no organismo, será indetectável, impedindo a pessoa de adoecer, desenvolver Aids e até mesmo de transmitir o vírus para outra pessoa, tornando-se, também, importante aliado na prevenção de novos casos”, pontuou Sumaia.

Com informações de SECOM RORAIMA