O Ministério de Minas e Energia está avaliando a retomada do horário de verão como uma medida para evitar racionamento de energia, em resposta à pior seca registrada na história do Brasil. A ideia é aliviar a pressão sobre o sistema elétrico no final da tarde, quando há um pico de demanda, causado pelo aumento no uso de eletrodomésticos e a diminuição da produção de energia solar e eólica.
Embora a medida ainda não tenha sido confirmada, o ministro Alexandre Silveira destacou que, além de economizar energia, o horário de verão impulsiona setores como o turismo, bares e restaurantes. A seca já levou ao aumento das bandeiras tarifárias e à ampliação do uso de usinas termelétricas a gás. O governo ressalta que, apesar da crise, os níveis dos reservatórios ainda são mais altos do que em crises passadas, graças a medidas de retenção de água ao longo do ano.
A seca afeta gravemente a região amazônica, com os rios Madeira e Negro atingindo níveis historicamente baixos, causando isolamento de comunidades e dificuldades no abastecimento. Diante desse cenário, o governo anunciou a criação de uma autoridade climática e um marco legal para enfrentar emergências climáticas.
