Mais de 8 mil estudantes da rede estadual participam do Scratch Day

Scratch Day. Foto: Educardo Cavalcante

Mais de 8 mil estudantes da rede estadual de ensino participam, até a próxima quinta-feira (14/12), da programação do “Scratch Day”. O evento tem como objetivo ensinar a lógica da programação para crianças e adolescentes. Além dos estudantes, 200 professores do Ensino Fundamental e Médio também estão inseridos na programação. O Scratch Day é um evento mundial, que envolve diferentes formatos como oficinas, jogos, gincanas e brincadeiras, utilizando as plataformas do Scratch.

Em 2022, primeiro ano de realização do evento no Amazonas, o “Scratch Day” contou com a participação de 87 professores do Ensino Fundamental e Médio e com 2.772 estudantes participando de forma direta na ação.

A coordenadora de tecnologias educacionais do Centro de Mídias de Educação do Amazonas (Cemeam), da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, Aldemira Câmara, afirmou que a plataforma Scratch é uma importante ferramenta no auxílio das mais diversas disciplinas e, apresentar os estudantes à ela, só beneficia no aprendizado dos mesmos.

“Com o Scratch, os estudantes podem fazer jogos, animações, histórias. Estamos aqui, para ver o trabalho que as crianças fizeram. Já é o segundo ano que nós incentivamos as escolas a fazerem com atividades plugadas e desplugadas”, explicou a coordenadora.

Scratch Day na Almirante de Mello Baptista

Uma das escolas que já realizou o Scratch Day foi a Escola Estadual (EE) Almirante Ernesto de Mello Baptista, localizada no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus. Com o tema “Plantar a boa semente para colher um futuro melhor”, a escola contou com seis turmas de 6°, 8° e 9° anos, do Ensino Fundamental, divididas em salas representando os elementos água, terra, fogo e ar.

Sob a orientação da professora de História, Mary Florêncio, que participou do Scratch Day no ano anterior, os alunos devolveram jogos, programas, entre diversas outras atividades.

A professora Mary contou que, no ano anterior, ela foi a única professora da escola a participar do Scratch, porém neste ano, o projeto foi aderido por mais professores. Segundo a educadora, o Scratch, além de ser uma ferramenta que auxilia no aprendizado dos estudantes, também permite o debate de temas importantes.

“Dentro dos quatro elementos nós conseguimos conscientizar os alunos sobre a importância de uma educação de qualidade e das mudanças climáticas. O Scratch vem para contribuir com a educação, trabalhar com a tecnologia aliada ao conteúdo didático, que só favorece o estudante”, explicou a professora.

Os trabalhos plugados e despuglados

Entre os trabalhos desenvolvidos pelas turmas, um deles foi a árvore sensorial da equipe da estudante Kelly Hillary Pereira, 14 anos, do 8° ano do Ensino Fundamental.

Pensando nas pessoas que sofreram psicologicamente no período da pandemia, os estudantes desenvolveram um programa usando a plataforma Scratch; onde, a partir das cores captadas pela câmera, seria reproduzida uma música equivalente a sensação que aquela cor passa.

Kelly contou que a ideia do programa surgiu com o objetivo de aumentar a autoestima das pessoas e despertar sensações por meio da arte, música e tecnologia. Kelly participou do Scratch no ano anterior na escola e, segundo ela, foi muito interessante desenvolver o projeto e poder usar a plataforma do Scratch de uma forma nova, diferente e desafiadora este ano.

“Foi bem interessante usar o Scratch de uma forma que a gente nunca tinha usado. Nós confeccionamos nosso trabalho de uma forma bem diferente e criativa da que estávamos acostumados. Eu realmente gostei bastante desta nova forma de usar a plataforma”, disse a aluna.