Mercados globais despencam em meio a temores de recessão nos EUA; Japão vive pior dia desde 1987

Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Mercados Globais Despencam em Meio a Temores de Recessão nos EUA; Japão Vive Pior Dia desde 1987

Na Ásia, o índice Nikkei, referência da bolsa japonesa, sofreu uma queda de 12%, marcando seu pior dia desde a “Black Monday” de 1987. A queda de 4.451,28 pontos, que levou o índice a 31.458,42 pontos, foi a maior já registrada em termos absolutos. A pressão vendedora foi tão intensa que os “circuit breakers” — mecanismos que interrompem as negociações para conter volatilidades extremas — foram acionados nas bolsas asiáticas.

As ações globais abriram em queda nesta segunda-feira (5), com investidores temendo uma possível recessão nos Estados Unidos. O relatório de emprego americano divulgado na sexta-feira (2) apresentou dados fracos, gerando preocupações de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, tenha cometido um erro ao manter as taxas de juros inalteradas na semana passada. A preocupação é que a manutenção dos juros altos por um período prolongado possa aumentar a probabilidade de uma recessão na maior economia do mundo.

Na Europa, o índice Stoxx 600 registrava uma queda de 3,51% por volta das 9h35 (horário de Brasília). Nos Estados Unidos, os índices futuros também apontavam para uma abertura em baixa: o futuro do Dow Jones caía 2,98%, o do S&P 500 recuava 4,39% e o do Nasdaq-100 despencava 5,72%.

A volatilidade e o pessimismo nos mercados refletem a crescente preocupação com a saúde da economia global. O dólar disparou, chegando a R$ 5,86, o maior patamar em quase três anos e meio. Em meio ao cenário turbulento, o presidente do BTG afirmou que, apesar do momento difícil, esta pode ser uma oportunidade para comprar ações, comparando a situação a um “afogamento em um copo d’água” no Brasil.

Os mercados financeiros globais estão em alerta máximo, com os investidores atentos aos próximos movimentos do Fed e às possíveis repercussões econômicas. A situação exige cautela e vigilância constante, à medida que novas informações e dados econômicos são divulgados.