Em Manaus, mirante e largo da Ilha de São Vicente têm fase de licenciamento
com Iphan e Ipaam
Melhorar a qualidade de vida das pessoas é um dos objetivos dos projetos de reabilitação e requalificação urbanas desenhados pela Prefeitura de Manaus dentro do “Nosso Centro”. E uma das propostas principais do amplo plano da gestão de David Almeida, o mirante e largo da Ilha de São Vicente, no Centro Histórico de Manaus, avança na elaboração do projeto básico e executivo e na fase de licenciamento.
A primeira grande área vertical de entretenimento, lazer, contemplação e negócios às margens do rio Negro, na rua Bernardo Ramos com a avenida 7 de Setembro, Centro, na Ilha de São Vicente, a ser construída pela Prefeitura de Manaus, tem licenciamento em curso junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Amazonas, e o Implurb apresentará documentação junto ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
O “Nosso Centro” faz parte do plano de crescimento econômico e social “Mais Manaus”, lançado pelo prefeito David Almeida ano passado. “Ao planejar cidades, criar habitações, reabilitar espaços com precariedade urbana e abandono, se busca, com o suporte da arquitetura, tecnologia, meio ambiente e do urbanismo, melhorar formas de viver, ocupar e agir diretamente na cidade e com a sociedade, mudando dinâmicas da vida cotidiana”, explicou o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente.
O mirante e largo da ilha estão com o projeto básico concluído e o projeto executivo está em produção. Eles vão se somar às licenças necessárias para a criação do edital de concorrência pública e futuro lançamento da licitação. A previsão da Prefeitura de Manaus é de lançar a ordem de serviço para essa obra em setembro deste ano, tendo sua entrega programada para 2023.
O memorial descritivo do largo e mirante apresenta detalhamento para fornecer o entendimento do conceito arquitetônico e de vários usos que passarão a existir no espaço, além de destacar a importância da intervenção como polo dinamizador para a região central.
Como é um grande equipamento urbano, ele foi projetado para abrigar várias ações de cultura, lazer, gastronomia, negócios e muito mais, tendo como fundo a vista do rio Negro. E um dos eixos do “Nosso Centro” é destaque do escopo da intervenção, o “Mais Negócios”.
“O ‘Mais Negócios’ vai desde o incentivo até a implantação de novas atividades principais e de apoio. Significa que quanto maior a diversidade na área, melhor para o território. Hoje, apesar de certos estágios de abandono, o Centro tem pontos revitalizados, no entorno do Cassina, com padaria, restaurante e pequenos comércios. Com a implantação de outras empresas, especialmente focadas na inovação e tecnologia, outras se juntarão para dar suporte e apoio, terceirizando, ampliando a oferta de escritórios técnicos e de serviços”, explicou o diretor de Planejamento Urbano, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.
David Almeida regulamentou a lei 2.565/2019, que instituiu o Programa de Incentivos Fiscais e Extrafiscais (Proinfe), destinado à instalação de startups, geograficamente localizadas no centro histórico, tendo como delimitação a área do núcleo inicial do Distrito de Inovação, na Ilha de São Vicente.
Seu público-alvo são as startups, de caráter inovador, natureza incremental ou que atuam na criação do novo, de natureza disruptiva. Interessados podem se filiar ao programa atendendo solicitação e os critérios disciplinados no decreto. Atividades de apoio também poderão aproveitar os benefícios.
“Os projetos, associados ao Proinfe e à iniciativa privada, vão enriquecer e acelerar o processo de desenvolvimento e diversidade de atividades na ilha. Sem esquecer que o ‘Nosso Centro’ também incentiva o eixo habitacional, para permitir a ampliação do horário de funcionamento do território, que ultrapasse o horário comercial, tão comum hoje”, disse Cordeiro.
O arquiteto finalizou que se busca um território com diversidade de uso e que tenha mais vida.