
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, determinou nesta 5ª feira (28.fev.2019) que a Polícia Federal faça a apuração de suposto crime de violação de sigilo funcional praticado contra a administração pública.
A decisão atende à solicitação da Receita Federal para a abertura de inquérito policial, visando investigar o vazamento de dados de análises fiscais que envolvem autoridades e seus familiares.
A apuração dos auditores da Receita Federal foi revelada pela revista Veja em 8 de fevereiro. A operação investigou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e a sua mulher, Guiomar Feitosa Mendes.
A Receita Federal também incluiu entre os alvos de investigação por indícios de irregularidades tributárias a ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Isabel Gallotti e a advogada Roberta Maria Rangel, mulher do ministro Dias Toffoli, presidente do STF , segundo reportagem do Estado de S. Paulo publicada na 2ª feira (25.fev).
Na lista ainda constam Blairo Maggi, ex-senador e ex-ministro da Agricultura do governo do ex-presidente Michel Temer, e Marcelo Ribeiro, ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No ofício enviado ao Ministério da Justiça, a Receita Federal informa que os dados referiam-se a cruzamentos preliminares e que nem todas as situações resultariam na abertura de procedimentos, acrescentando que o vazamento dessas informações sigilosas pode configurar prática de crime.
Em nota enviada à imprensa, a Receita negou que Gilmar e os outros ministros continuam a ser investigados, porque os indícios “não se confirmaram”.
Fonte: Poder 360