O Largo de São Sebastião se transformou, no domingo (10/11), das 16h às 22h, em uma arena para a celebração da cultura popular, com a realização da edição comemorativa do Dia Nacional da Cultura da “Mostra de Cultura Popular Amyipaguana”, que realiza sua quarta edição em 2024.
Folclore, dança, teatro, circo e capoeira foram algumas das diversas manifestações e linguagens culturais apresentadas durante as seis horas de programação do Amyipaguana: Dia da Cultura, promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
O secretário executivo de Cultura e Economia Criativa, Luiz Carlos Bonates, o mestre Kk, explicou que a mostra tem como um dos principais objetivos dar visibilidade a manifestações da cultura popular que, muitas vezes, não têm espaço por não estarem associadas à cadeia econômica da Cultura.
“Estamos aqui celebrando a cultura, com uma ação da secretaria chamada Amyipaguana, que significa antigo, ancestralidade. É exatamente essa ancestralidade que guarda toda a história da cultura do povo, ao longo desses 524 anos de Brasil”, afirma o secretário executivo.
De acordo com ele, essa ancestralidade se manifesta especialmente nas expressões artísticas das populações das periferias. “As realidades, principalmente do povo da periferia das cidades do Brasil, trazem essa ancestralidade”, declara.
Diversidade cultural
A diversidade cultural do Amazonas também ficou evidente com a programação do “Amyipaguana – Dia da Cultura”, que teve início com um bloco folclórico composto por apresentações dos grupos Fogueira Ardente e Ciranda Águias de Ouro.
Em seguida, um bloco de artes cênicas foi representado pelas apresentações do grupo de dança de hip hop Holograma, do grupo de teatro Língua de Trapo, do grupo circense Clé Clé Produções e do grupo de dança urbana Cia Expressão e Vida, seguido pela apresentação do grupo de capoeira Frente Unida.
Um bloco de atrações musicais encerrou a programação com apresentações da banda que anima o bloco de Carnaval Bumba Meu Bloco, os grupos Malungu Dudu, Cocada Baré, encerrando apoteoticamente com o samba do grupo Couro Velho.
A programação diversificada surpreendeu a turista Catarinense Isolda Schumals, que acompanhou as várias manifestações culturais apresentadas. “Eu sou de Santa Catarina, da cidade de Itajaí. É maravilhoso. Tanto que a gente vinha só para ficar um pouquinho e estamos a tarde e a noite toda. Até fomos convidados a dançar e tudo, a participar de uma apresentação. Foi lindo. Muito bacana, parabéns”, elogiou, acrescentando que não vê essa diversidade de manifestações no Sul do Brasil.
Para o coreógrafo do grupo de hip hop Holograma, Kenny Alfaia, apresentar-se no que classificou como o principal ponto turístico de Manaus, ao lado do Teatro Amazonas, foi um privilégio.
“A gente está representando não só a dança, mas a cultura hip-hop, que a gente traz para fortalecer a importância que a cultura hip-hop tem. Então, a gente veio aqui e acha muito importante estar inserido nesse cenário cultural”, declarou.
