O Ministério da Saúde estima, em um primeiro recorte, a possibilidade de imunização de 35 milhões de pessoas com a terceira dose da vacina contra Covid-19. A estimativa inclui idosos, pacientes imunocomprometidos e profissionais da saúde.
O dado foi informado pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 da pasta, Rosana Melo, durante audiência na Comissão sobre o tema na Câmara. Segundo ela, ainda nesta semana a pasta dever dar um “veredito” sobre a aplicação da dose de reforço no país.
“Temos uma população vacinável acima de 18 anos de aproximadamente 160 milhões. Mesmo se a gente for vacinar todos adolescentes sem comorbidade, esse quantitativo é em torno de 20 milhões”, afirmou Melo, completando:
“E se nós realmente decidirmos que há uma necessidade de uma terceira dose, quando essa terceira dose vai ser feita? Alguns estudos ficam na dúvida entre seis a oito meses após segunda dose para pacientes idosos ou outros que não o são. (Para) os pacientes imunocomprometidos, (o prazo é de) 45 dias, ou seja, imediato. Também fizemos uma modelagem em relação a esse quantitativo, e daria em torno, juntamente com os profissionais de saúde, de 35 milhões de pessoas. Se for uma dose de reforço, pelo quantitativo das doses contratadas nos conseguiríamos (aplicar)”, disse.
Até o momento o país tem, segundo a pasta, 632.512.770 de doses contratadas de vacinas. A secretária sinalizou que caso seja preciso a pasta deve optar por imunizar esses grupos com a terceira dose antes de aplicar a vacina em adolescentes sem comorbidades.
“Muitas vezes temos que tomar algumas decisões estratégicas, iniciar vacinação dessa população e postergar um pouco mais daquela outra, mas, para isso, a gente tem que estar todo mundo fazendo no mesmo comando. Infelizmente, a gente não tem observado isso”, ponderou Melo, criticando estados que não seguem as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI).