Obras da Serra Verde recebe visita ténica do Governo de Roraima

Foto: Ascom Seapa

Técnicos do Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural) e da SEADI (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), antiga Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), fizeram uma visita técnica nas instalações da esmagadora de soja Serra Verde, uma área de 300 mil metros, localizada na BR-174, na região do Monte Cristo, cerca de 10 km da área urbana da cidade, sentido Pacaraima.

Cerca de 15 servidores das duas instituições participaram do encontro e puderam acompanhar o ritmo acelerado da construção. O governador Antonio Denarium, destacou que a instalação da indústria no Estado é a prova da gestão forte e determinada ao desenvolvimento, além da resposta a um grande anseio da sociedade.

“A construção da Serra Verde é hoje considerada um dos grandes marcos do desenvolvimento do agronegócio no Estado de Roraima. Nenhum empresário investiria sem saber da viabilidade e do retorno. É Roraima crescendo e se desenvolvendo”

O secretário adjunto de Agricultura, Marlon Buss, acredita que as oportunidades que a empresa Serra Verde irá proporcionar com a sua instalação, vão muito além.

“É uma oportunidade ímpar, com a esmagadora de soja no Estado, a produção de óleo e de farelo, irão proporcionar uma significativa diminuição do valor do farelo de soja no mercado interno, pois agora os pequenos e grandes produtores não precisarão mais comprar de outros Estados o produto, o que vai baratear a produção de ração para vários animais da cadeia produtiva, como a suinocultura, piscicultura e avicultura como exemplo”, explicou Buss.

Felipe Castro, sócio diretor do grupo empresarial Serra Verde, afirma que a vinda da indústria para o Estado se deve principalmente a segurança energética e jurídica.

“Essa indústria só está se instalando, porque de um tempo para cá, a gente passou a ter a segurança energética, com a vinda das termelétricas e agora, com a segurança jurídica da titulação. Não se constrói uma indústria desse tamanho, com um investimento de 150 milhões de Reais, sem essa garantia”.

Castro, que tem expertise no agronegócio em outros Estados, afirma ainda.

“Quando a indústria chega, num momento tão importante como esse, dentro dessa virada do agronegócio no Estado, ela vai fazer com que o desenvolvimento aconteça de uma forma muito mais rápida. O que levou muitos anos para acontecer em outros Estados, vai acontecer aqui de uma forma mais rápida com a chegada da indústria”.

Cerca de R$ 150 milhões serão investidos na primeira etapa, que será concluída esse ano e o planejamento é que, até o final de todo o projeto, cerca de R$ 500 milhões sejam investidos no Estado. Hoje com canteiro de obras em andamento, são gerados cerca de 400 empregos diretos.

PEQUENOS PRODUTORES

Durante a reunião foi explanada as novas alternativas para os produtores locais sobre compra do farelo de soja da empresa, pois até o momento, esse produto é comprado de outros Estados e com isso, além do valor ser alto, ainda tem o tempo de espera de até 20 dias para o produto chegar e com isso os pequenos produtores precisam ou fazer estoque, ou comprar na cidade a preços não competitivos.

O técnico extensionista, Joedson Habert, chefe da CPR do município de Normandia, relatou sobre a reunião na Serra Verde.

“Essa visita técnica que fizemos hoje na empresa, foi muito proveitosa, podemos ver o quanto vai ser grandiosa essa esmagadora de soja, o quanto de proteínas vamos ter para fazer rações para os nossos animais”.

Joedson destacou ainda o alcance da empresa para as comunidades indígenas.

“Quanto à questão extensionista, nossas comunidades indígenas, com o projeto de grãos no Governo do Estado estão produzindo muito milho nas comunidades. Agora, nós vamos ter a soja, o farelo de soja, aliado com o milho e vamos poder aumentar a produção dos pequenos animais nas propriedades indígenas e não indígenas. Então eu vejo, com bons olhos, o nosso Estado, nós temos tudo para avançar”.