Último campeão mundial de surfe, em 2019, Italo Ferreira comemorou muito a conquista inédita, mas sempre deixou claro que não pretendia parar ali. Em 2020, o potiguar já queria o bicampeonato da WSL (World Surf League) e se planejava para perseguir a medalha olímpica na estreia do esporte nos Jogos.
A pandemia da Covid-19 adiou os dois planos em um ano, mas não freou suas ambições. Finalmente em Tóquio-2020 para inaugurar a história do surfe nas Olimpíadas, ele saiu do mar de Tsurigasaki (Japão) nesta terça (27) com o direito de colocar no peito a medalha de ouro.
Na decisão, em que viu sua prancha quebrar na primeira manobra, Italo se recuperou e derrotou com ampla superioridade (15.14 a 6.60) o japonês Kanoa Igarashi, algoz de Gabriel Medina nas semifinais e que evitou um confronto nacional na decisão. Medina perdeu o bronze contra Owen Wright.
“Competir por tudo é um pouco de ambição também, um desejo que é muito grande e por isso que eu não parei até hoje. Quando eu chegar lá, no fim das competições, vou ver o quanto me dediquei e fazer valer a pena todo o esforço”, Italo disse à reportagem em outubro do ano passado, com o circuito mundial paralisado pelo coronavírus.
“Penso muito na Olimpíada, imagino como pode ser se eu conseguir alcançar o que eu quero. Fico sonhando, mas vivo muito no presente. Tem ansiedade, mas tem tranquilidade também, muita confiança. Poxa! Penso que estou preparado”, disse.