A forte chuva que têm caído nos últimos dias na Europa já provocou ao menos 117 mortes. O grande volume de água provocou deslizamentos de terra e fez os rios trans bodarem, levando casas, árvores, carros e pessoas pelo caminho. Conforme o serviço nacional de meteorologia da França, o equivalente a dois meses de chuva caiu em algumas áreas nos últimos um ou dois dias.
A tragédia ocorre principalmente na Alemanha, onde 103 mortes foram confirmadas até o momento e 1,3 mil pessoas estão desaparecidas apenas em um distrito ao sul de Colônia, no oeste do país. Segundo a maior empresa de distribuição do país, 114 mil casas estão sem energia nos estados mais afetados. Redes de telefonia móvel entraram em colapso em algumas das regiões atingidas pelas enchentes. O número de vítimas pode aumentar consideravelmente, com relatos de deslizamentos de terra e casas sendo arrastadas ou desabando devido à força da água nesta sexta-feira (16).
As chuvas têm causado transtornos também na Holanda, na França, na Suíça, em Luxemburgo, embora em menor intensidade. Na Bélgica há 14 mortos e 4 desaparecidos. Funcionamento de estradas e trens também foi interrompido pelas chuvas excepcionalmente intensas, que inundaram partes de diversos países europeus. As autoridades locais também pediram aos afetados que fiquem em casa e, se for possível, nos andares mais altos de seus edifícios.
O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, pediu um firme comprometimento com a luta contra as mudanças climáticas e afirmou que esta é a única alternativa para frear fenômenos meteorológicos extremos, como as chuvas intensas que castigam o país. Steinmeier ainda afirmou estar profundamente arrasado pela tragédia. Segundo Malu Dreyer, premiê de uma das regiões mais afetadas, a infraestrutura foi completamente destruída e a reconstrução custará muito tempo e dinheiro.