O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 1,4% no segundo trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3). Esse resultado marca o 12º aumento trimestral consecutivo, refletindo a resiliência da economia brasileira. No primeiro trimestre de 2024, a economia já havia crescido 1%, impulsionada por uma significativa expansão do comércio. Vale destacar que o IBGE revisou o resultado anterior, elevando-o de 0,8% para 1%.
No segundo trimestre, o setor industrial foi um dos principais motores do crescimento, com uma alta de 1,8%. O setor de serviços, que representa uma parcela significativa do PIB, também registrou um crescimento robusto de 1%. Esses avanços foram suficientes para compensar a queda de 2,3% no setor agropecuário, que enfrenta desafios devido a condições climáticas adversas e outros fatores.
Do lado da demanda, todos os componentes apresentaram crescimento. O consumo das famílias, um dos pilares da economia, subiu 1,3%, refletindo a melhora na confiança do consumidor e nas condições de crédito. O consumo do governo também cresceu 1,3%, enquanto os investimentos, após um desempenho fraco em 2023, voltaram a crescer com força, registrando uma alta de 2,1% no trimestre.
Em termos de valores correntes, o PIB brasileiro totalizou R$ 2,9 trilhões no segundo trimestre, sendo R$ 2,5 trilhões provenientes do Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 387,6 bilhões oriundos de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Comparado ao mesmo trimestre de 2023, o PIB cresceu 3,3%, com destaque para os setores de serviços (3,5%) e indústria (3,9%). O consumo das famílias avançou 4,9%, enquanto os investimentos cresceram 5,7%, sinalizando uma recuperação mais robusta da economia brasileira. No entanto, o setor agropecuário continuou a enfrentar dificuldades, com uma queda de 2,9% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
As exportações e importações também mostraram dinamismo, crescendo 4,5% e 14,8%, respectivamente, em comparação ao mesmo trimestre de 2023. Esses resultados reforçam a importância do comércio exterior no atual contexto econômico do Brasil.
Com esse desempenho, a economia brasileira acumulou uma alta de 2,5% nos últimos quatro trimestres, consolidando uma trajetória de crescimento sustentável e mostrando resiliência diante dos desafios econômicos globais.