Praia da Ponta Negra fechada nos próximos 90 dias

Ruan Souza/Semcom e Antônio Pereira/Casa Civil

Na manhã de hoje, o prefeito de Manaus, David Almeida, em uma coletiva de imprensa para anunciar a interdição da praia da Ponta Negra, que permanecerá fechada pelos próximos 90 dias. A medida se deve à preocupante estiagem que continua avançando e tem causado uma significativa mortandade de peixes na região. O prefeito enfatizou a importância de lidar com essa situação, afirmando: “Encontramos nosso maior peixe morto e isso requer atenção”.

David Almeida informou que a interdição da praia da Ponta Negra para banho foi decidida após a rio Negro atingir a cota de 15,29 metros, abaixo da altura mínima considerada segura de 16 metros, conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), com órgãos municipais e estaduais signatários do compromisso, incluindo Corpo de Bombeiros do Amazonas (CB-AM) e Polícia Militar.

“Com a cota da água até 16 metros, nós temos uma delimitação de até 30 metros de segurança para o banho. Abaixo disso, essa cota diminui e o nível fica em 15 metros de segurança. Como podemos ver neste momento, com esses 15 metros, cria uma areia movediça e existem buracos, em função do aterramento, e ser de uma praia artificial. Tudo isso, foi constatado pelo Corpo de Bombeiros e a recomendação é que a praia está inapropriada para o banho. Atendendo essas recomendações, eu assino um decreto que será publicado ainda hoje não permitindo o uso da praia para banhistas por 90 dias”, explicou Almeida.

Praia da Ponta Negra na estiagem. Foto: Ruan Souza/Semcom e Antônio Pereira/Casa Civil

Durante a interdição, o banho no rio fica proibido, e placas de orientação da interdição estão sendo instaladas para ampla informação aos frequentadores do espaço.

Além da interdição da praia da Ponta Negra, o prefeito anunciou outras medidas administrativas e de segurança para lidar com a situação. Ele também assinou um decreto que declara estado de emergência em Manaus pelo período de 90 dias devido à estiagem.

A Prefeitura tem acompanhado de perto a situação da praia e suas condições de segurança para banho. Laudos e relatórios do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Corpo de Bombeiros do Amazonas (CBAM) têm contribuído para avaliar a balneabilidade da área. Análises, vistorias e medições foram realizadas com a colaboração dos bombeiros.

Foi anunciada a instalação de placas de aviso na praia, e o uso da faixa de areia continuará liberado para atividades esportivas e de lazer, bem como o funcionamento de toda a infraestrutura do complexo. A interdição da praia será aplicada sempre que os laudos e relatórios confirmarem a inadequação para o uso pelos banhistas.