Compartilhar e dialogar sobre as experiências nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), da Prefeitura de Manaus, responsáveis pelo atendimento escolar das crianças de 4 e 5 anos. Com essa finalidade, a equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (Semed) acompanhou, nesta quarta-feira, 21/6, mais um momento de socialização da ação “Narrativas Docentes na Pré-Escola: Contextos investigativos realizados com as crianças da rede municipal de Manaus”. Desta vez, na escola municipal Adelaide Tavares de Macedo, no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul.
As Narrativas Docentes fazem parte do projeto “Documentando a Pedagogia da Infância”, que visa favorecer o entendimento à professora e ao professor de Educação Infantil, de que documentar na primeira etapa da Educação Básica é o hábito de fazer registros sobre as trajetórias de aprendizagem e desenvolvimento das crianças.
As Divisões Distritais Zonais (DDZs) indicam os professores para compartilhar as práticas pedagógicas. Todas as narrativas escritas pelos professores da Educação Infantil farão parte de um e-book e, posteriormente, livro impresso. Em 2023, ocorre a segunda edição dessa ação, que reúne 32 trabalhos, conforme explica a assessora pedagógica da Educação Infantil da Semed, Rayanne Sampaio.
“Essas narrativas serão compartilhadas nas socializações com as professoras das escolas. Depois que se tornar um livro, outras professoras de outros lugares, até do Brasil, poderão se inspirar nos escritos dessas professoras que vem direto da prática, da realidade. Então, é o olhar do professor que está ali todos os dias sendo compartilhado. Essa é a nossa ideia, dar voz a esses professores, às ideias e criações deles nas escolas”, detalhou.
Prática pedagógica
Na escola municipal Adelaide Tavares de Macedo, a professora do 2° período, Carla Fontenele, especialista em Psicopedagogia e Educação Inclusiva, formada em pedagogia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), desenvolveu o projeto denominado “Um olhar diferenciado, na Educação Infantil, sobre a deficiência”.
Durante as brincadeiras na área externa, um dos estudantes se sentiu nervoso ao presenciar outra estudante, que é autista e tem deficiência física em um dos braços, em situação de crise. A partir desse episódio, a educadora idealizou e executou o projeto, por meio da promoção de brincadeiras com materiais adaptados e em ambiente seguro, em que, alguns obstáculos vivenciados cotidianamente por pessoas com deficiência foram vivenciados pelas crianças.
A educadora utilizou um dos vídeos da Turma da Mônica, que detalha sobre Inclusão Social. Nele, a personagem principal, Mônica, apresenta vários personagens que são crianças e têm deficiência. A estratégia empregada foi promover a reflexão sobre o respeito com as diferenças, empatia e amizade. Para isso, a educadora selecionou três personagens infantis para trabalhar alguns tipos de deficiência, como a “Dorinha”, “Luca” e “André”.
“Elaborei esse projeto para trabalhar essa questão transversal, sobre o cuidado, respeito e diferenças. Executamos o projeto durante o mês de abril, dentro da sala de aula. Trabalhamos o vídeo da turma da Mônica, em cima dos três personagens, fizemos várias atividades, para despertar nas nossas crianças que o ser diferente é normal. Agora, compartilho com a comunidade escolar essa atividade que realizei com meus alunos”, comentou.
