Prefeitura avança na matriz de responsabilidade e estudos de novas etapas do ‘Nosso Centro’

Foto: Diego Lima / Semasc

Com mais de 95% das primeiras obras do programa “Nosso Centro” concluídas, a Prefeitura de Manaus segue avançando na matriz de responsabilidades para reabilitação, revitalização e melhorias da área central da capital. O conjunto em construção ainda prevê intervenções para acessibilidade, mobiliários urbanos, iluminação pública, paisagismo e uma cadeia integrada entre secretarias e seus serviços.

Paralelamente às construções das quatro obras entre o início da avenida 7 de Setembro e a rua Bernardo Ramos – mirante Lúcia Almeida, casarão Thiago de Mello, largo de São Vicente e Píer Turístico –, o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) segue na criação, concepção e desenvolvimento de projetos para a próxima etapa.

A etapa seguinte fica no entorno das obras, incluindo o Museu do Porto e a Casa Vermelha, a Praça 9 de Novembro, e uma quadra habitacional. Os projetos arquitetônicos e de engenharia foram inscritos junto ao Novo Programa de Aceleração de Crescimento, dentro do PAC Seleções, fazendo parte do amplo plano de revitalização do Centro Histórico. As quatro primeiras obras em construção contam com recursos exclusivos do Tesouro Municipal, mostrando a capacidade de investimento diversificado da Prefeitura.

“Toda esta área forma o complexo da Ilha de São Vicente, abrindo as obras em construção e os projetos desenvolvidos para a próxima fase. Estamos fazendo captação de recursos junto ao Governo Federal para ampliar as ações e multiplicar a dinâmica para o território”, explicou o diretor de Planejamento do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.

Um dos pontos fundamentais da reabilitação do Centro é o foco na habitacional, em levar mais moradores para a região, dando vivacidade ao ambiente e ao bairro, que por décadas passou por um processo de esvaziamento. A prefeitura tem projeto de conjuntos habitacionais para a região, com as chamadas fachadas ativas no térreo, abrigando atividades comerciais e de serviços.

“Passamos estudos de retrofit de habitação na cidade de Manaus para o secretário Jesus Alves (Habitação e Assuntos Fundiários), uma diretriz do prefeito David Almeida, que entende a importância de levar o morador para o Centro, que tem uma estrutura urbana consolidada. A Semhaf está trabalhando nos projetos, se somando a esta dinâmica de gestão pública muito assertiva e muito comprometida com o futuro e a pujança da capital”, afirmou o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente.

Segunda fase

Em dezembro de 2023, o prefeito David Almeida e secretários fizeram o lançamento da matriz de responsabilidade envolvendo 10 secretarias e institutos municipais, somando em torno de 20 ações para o Centro Histórico, reforçando o programa “Nosso Centro”. Os trabalhos envolvem serviços do dia a dia, desde limpeza pública, ordenamento do trânsito e asfaltamento, até projetos para banheiros públicos, ampliando as intervenções e melhorando a qualidade de vida na região.

Entre as ações estão serviços e obras como recuperação de calçadas; sinalização viária e turística, desde hotéis a pontos turísticos; novos abrigos de ponto de ônibus; padronização e identificação, com crachás, de vendedores informais; e melhoria na coleta de resíduos.

Também estão previstos patrulhamento ostensivo; projetos Feira Criativa e Memorial Basa; e as inaugurações das primeiras obras do “Nosso Centro”, com as devidas operações de funcionamento do mirante, casarão, largo e píer.

Museu

O Museu do Porto, imóvel tombado pelo Instituto Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) do Amazonas, recebe estudos do Implurb e projetos para requalificação e revitalização para voltar a ser ponto de visitação de amazonenses e turistas, com nova ambiência e recuperando a edificação histórica de tijolinhos e o Casa Vermelha. O espaço está fechado há mais de 20 anos.

O projeto para revitalização e reabilitação do antigo Museu do Porto busca resgatar a história e torná-la novamente pública. A grande missão nesta intervenção urbanística e patrimonial será de trazer a memória para contá-la ao público, mostrando a importância das águas, do local de embarque e desembarque em uma imensa viagem ao tempo juntando passado, presente e futuro.