Ainda em processo de declínio nos números apresentados pelo boletim da FVS-AM diariamente sobre os estragos usados pela segunda onda em todo o Amazonas, o maior estado brasileiro entra a partir de hoje (23/03) em estado de ALERTA MÁXIMO para uma possivel e real TERCEIRA ONDA do novo coronavírus (Covid-19).
Seguindo o “caminho” da transmissão que ocorreu tanto na primeira como na segunda onda, e que partiu de países da Europa, lideres de frente de combate contra o vírus, já entram em estado de atenção depois que a Alemanha confirmou uma nova onda da doença no país. Para a chanceler alemã, Ângela Merkel, chama a atenção a partir de ontem, a elevação dos casos e mortes de “nova pandemia” em todo o pais europeu.
Em Manaus, o secretário estadual de Saúde (SES), Marcellus Campelo, demonstrou preocupação com a informação em entrevista ao jornalista Neuton Corrêa do BNC Amazonas.
“Às seis horas da manhã [de hoje] eu conversava num grupo sobre isso. E eu disse: ‘Com essa notícia, temos que ter o máximo de alerta’”.
De toda forma, para o secretário ainda não há nada conclusivo a respeito e destaca um plano de contingência do Governo do Amazonas para uma eventual volta no aumento da doença.
“Sobre esse vírus nada é definitivo, conclusivo, por enquanto. Mas, é preciso cautela e planos de contingência em caso de recrudescimento”.
O que diz Wilson Lima
O mesmo admite Wilson Lima, governador do Amazonas sobre a possibilidade do Amazonas sofrer a terceira onda do coronavírus, e garante que em uma situação dessas os impactos serão menores. E o motivo que aponta para isso é vacinação e os investimentos implantados pelo Governo do Estado do Amazonas durante a primeira e segunda onda.
“Não tem outro jeito não, porque essas ações de restrições, de fechar o comércio, as pessoas não aguentam mais ficar presas. A sociedade hoje é muito urbana, desenvolveu seus hábitos urbanos, a economia também precisa girar. E é uma questão de sobrevivência, mesmo”.
O que dizem os cientistas
O primeiro deles foi Lucas Ferrante, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Ele integra um grupo de trabalho sobre a covid que reúne pesquisadores do Inpa, das universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e do Amazonas (Ufam) e do Instituto Butantan.
Para o grupo, uma terceira onda seria ainda mais trágica do que a que se viu em janeiro e fevereiro deste ano em Manaus.