O governador Wilson Lima, a convite do presidente da República, Jair Bolsonaro, participou, nesta terça-feira (19/10), da recepção ao presidente da Colômbia, Iván Duque, que cumpre agenda oficial no Brasil. O Amazonas faz fronteira, a noroeste, com a Colômbia e mantém relações com o país vizinho na área de meio ambiente, vigilância em saúde e desenvolvimento. O encontro foi em Brasília, no palácio do Itamaraty.
Duque convidou Wilson Lima para uma reunião em Letícia, cidade colombiana vizinha de Tabatinga, município amazonense.
“Nós temos ações importantes na região da tríplice fronteira – Brasil, Colômbia e Venezuela – que estão diretamente ligadas à vigilância sanitária, ao manejo dos recursos naturais e ao desenvolvimento. Essa agenda que devemos ter com o presidente Duque será muito significativa para integração do Amazonas e Colômbia na faixa de fronteira”, disse o governador.
Ações — A região da tríplice fronteira apresenta condições ambientais para o desenvolvimento de vetores de doenças: uma vasta rede hidrográfica, altas temperaturas e umidade. Por conta disso, o Amazonas mantém parcerias para ações de vigilância sanitária, epidemiológica, ambiental e laboratorial.
O Estado também ampliou a oferta de exames diagnósticos para Covid-19, com a distribuição de testes rápidos de antígeno e de RT-PCR. Outras ações para fortalecer a capacidade detecção de riscos e de produção de informações para o planejamento de ações de saúde estão sendo estruturadas.
Na fronteira com a Colômbia o Governo do Amazonas desenvolve o Projeto Manejo Integrado da Bacia do Rio Putumayo-Içá que envolve quatro países (Brasil, Colômbia, Equador e Peru). O objetivo é fortalecer as condições que permitam aos países participantes manejar ecossistemas de água doce compartilhados na bacia do Putumayo-Içá, na Amazônia.
No projeto são abordados temas e desafios em escala internacional, voltados para a contaminação das águas por mercúrio e outras substâncias químicas; desmatamento e degradação da floresta pela extração de madeira, agricultura, pecuária e a expansão da malha rodoviária, entre outras causas; e exploração dos recursos aquáticos pela pesca não sustentável.
O Governo do Amazonas também mantém o Núcleo de Integração e Desenvolvimento da Faixa de Fronteira que foi reformulado sendo definidos coordenadores para a região do Alto Solimões e Alto Rio Negro. O problema da destinação adequada ao lixo na região de fronteira também é um problema que o Amazonas está atuando para solucionar.