Política – O presidente da República, Jair Bolsonaro, foi ao Twitter ontem, após a operação de busca e apreensão contra apoiadores do seu governo, e disse que não pode “assistir calado” quanto “direitos são violados e ideias são perseguidas”. Por isso, vai tomar “todas as medidas legais” para proteger os brasileiros.
Ontem, a PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão por investigação sobre manifestações antidemocráticas. Foram alvos dirigentes da sigla que o presidente tenta fundar, o Aliança pelo Brasil, blogueiros, deputados e youtubers de direita. As ordens foram do STF e autorizadas no âmbito de um inquérito chefiado pelo ministro Alexandre de Moraes. No final da tarde, Moraes determinou a quebra do sigilo bancário de dez deputados federais e um senador da base de apoio a Bolsonaro no Congresso, ainda sobre os atos considerados antidemocráticos.
Na rede social, o presidente disse que “os abusos presenciados por todos nas últimas semanas foram recebidos pelo governo com a mesma cautela de sempre, cobrando, com o simples poder da palavra, o respeito e a harmonia entre os poderes”.
No final da tarde de ontem, o ministro Alexandre de Moraes atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a quebra do sigilo bancário de dez deputados federais e um senador bolsonaristas.
São os deputados Daniel Silveira (PSL-RJ), alvo de mandado de busca e apreensão nesta terça-feira (16), Cabo Junio do Amaral (PSL-MG), Carla Zambelli (PSL-SP), investigada também no inquérito das fake news, Caroline de Toni (PSL-SC), Alê Silva (PSL-MG), Bia Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN), Guiga Peixoto (PSL-SP), Aline Sleutjes (PSL-PR) e Otoni de Paula (PSC-RJ).
O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) completa a lista.