Prevenção e tratamento de infecção de sítio cirúrgico é tema de palestra na Maternidade Moura Tapajóz

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MMT Prevenção Infecção, enf. Dione Fonseca. Foto: Divulgação/Semsa

Prevenção e tratamento de infecção de sítio cirúrgico é tema de palestra na Maternidade Moura Tapajóz

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), em parceria com o Núcleo de Educação da Maternidade Dr. Moura Tapajóz (MMT), da Prefeitura de Manaus, promoveu na manhã desta sexta-feira, 11/3, palestra sobre “Prevenção e Tratamento de Infecção de Sítio Cirúrgico”. A apresentação do conteúdo ficou a cargo do médico infectologista e presidente da CCIH/MMT, Alexandre Souza, e da enfermeira estomaterapeuta Dione Fonseca.

Segundo o infectologista, o evento teve o objetivo de revisar todos os procedimentos realizados nas rotinas da maternidade de modo a alcançar níveis mínimos em relação às infecções.

“A infecção de sítio cirúrgico é a principal complicação da operação cesariana e a infecção puerperal (após o parto) ainda é referenciada como uma das principais causas de óbitos maternos no Brasil. Essa é uma realidade evitável e que estamos trabalhando para mudar”, avaliou Alexandre Souza.

Os profissionais de saúde presentes foram orientados sobre diversos protocolos a serem seguidos durante os procedimentos cirúrgicos e relembrados sobre a importância da higienização das mãos antes e depois de todo e qualquer contato com as pessoas atendidas, inclusive depois de remover as luvas.

“Ainda que o profissional tenha tocado apenas superfícies, mobília e objetos próximos ao paciente ou mesmo após sair do ambiente de assistência, o profissional não pode deixar de lavar as mãos, pois o material usado nas luvas descartáveis é poroso, ou seja, permite, após algum tempo de uso, a passagem de vírus e bactérias”, alertou o médico infectologista.

Durante a palestra, a enfermeira Dione Fonseca relembrou todas as formas de tratamento de feridas e relatou algumas das inúmeras razões pelas quais as infecções de sítio cirúrgico devem ser evitadas.

“Só o fato de serem a principal causa de morte materna já seria argumento suficiente, mas as infecções puerperais também prolongam o período de internação, aumentando as despesas hospitalares, desestimulam a amamentação, desfavorecem o vínculo mãe-filho e ainda estão relacionadas com o desenvolvimento da depressão pós-parto”, destacou.

A enfermeira obstetra e diretora da MMT, Núbia Cruz, ressaltou que, entre todos os protocolos necessários à segurança da unidade hospitalar, a atenção aos processos voltados para a redução dos riscos de contaminação no centro cirúrgico é uma prioridade.

“A prevenção de infecção de sítio cirúrgico é de extrema importância pois sabemos que a mulher que acabou de ter bebê por meio de uma cesariana já se encontra em uma situação naturalmente frágil, em razão de ter passado por um procedimento cirúrgico. Então, nesses casos, uma intercorrência infecciosa pode atrapalhar muito todo o processo puerperal”, explicou.