O contrato necessário para que a vacina Oxford/AstraZeneca seja produzida nacionalmente ainda não foi assinado, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O instrumento precisa ser celebrado para que haja a transferência de tecnologia para a produção da vacina. A transferência significa ter todo o conhecimento necessário para fabricar a vacina 100% no Brasil. Sem isso, a fundação não pode elaborar um cronograma para a entrega das doses.
O primeiro contrato entre a Fiocruz e a AstraZeneca foi assinado em setembro de 2020. O acordo previa a compra do chamado Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), a matéria-prima usada na fabricação de vacinas e tinha o valor de US$ 188 milhões – mais de R$ 1 bilhão. O primeiro instrumento estabelecia, também, que seria assinado um segundo acordo, de transferência de tecnologia. Com isso, a Fiocruz passaria a produzir as vacinas do zero, sem depender mais do IFA importado.
O contrato com a AstraZeneca deveria ter sido assinado ainda em 2020, mas não foi firmado até agora. Em nota, a AstraZeneca informou que a negociação para assinatura do contrato está em andamento e deve ser concluída em breve.