Os resultados positivos que as vacinas podem trazer contra a pandemia estão sendo registrados pela Fundação Oswaldo Cruz, que informou em seu Boletim Observatório Covid-19, que vários estados brasileiros, incluindo Roraima apresentam queda na taxa de utilização de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), depois que a população começou a ser vacinada contra a doença.
Em Roraima houve uma redução de 20% na taxa de ocupação, ou seja, o estado saiu de 94% de ocupação dos leitos de UTI para 74%. Outra boa notícia é que Roraima saiu da zona de alerta crítico para a zona de alerta intermediário em relação a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva. Os dados mostram ainda que os casos mais graves se concentram em pessoas não imunizadas.
“Temos trabalhado em todas as frentes para diminuir os impactos da pandemia. Na vacinação já distribuímos mais de 96% do total de doses recebidas do MS, e reforçamos que nesse momento salvar vidas é também uma responsabilidade coletiva, por isso se você se encaixa na faixa etária em atendimento no seu município, deve se vacinar”, reforçou o governador Antonio Denarium.
Em Roraima 184.391 pessoas já tomaram a primeira dose da vacina contra a covid e 67.019 pessoas já tomaram a segunda dose. Entre os indígenas, 42.108 vacinas já foram aplicadas. Dados do Vacinômetro mostram que os municípios de Boa Vista, Mucajaí e Caracaraí, apresentam maior cobertura com 79%, 76% e 75% respectivamente.
“Temos colocado em prática várias medidas para fortalecer o combate a Covid-19, e o repasse de vacinas toda semana é uma das estratégias importantes para garantir que cada município mantenha a vacinação de forma contínua. Estamos felizes com esse estudo da Fundação Oswaldo Cruz, pois mostra que estamos no rumo certo, mas vamos seguir em frente com o trabalho para avançar ainda mais”, explicou Antonio.
De acordo com o secretário de Saúde Airton Cascavel, é possível perceber que a imunização já tem feito a diferença em Roraima e trazido reflexos positivos ao cenário pandêmico, ou seja, na medida em que a vacinação é ampliada, casos graves tem se apresentado também em menor índice.
“Nesse momento vamos trabalhar para que Roraima saia da situação de alerta intermediário, medidas importantes que estão sendo adotadas, temos ampliado leitos nos hospitais, contratado mais profissionais de saúde, comprado insumos, mas além disso, precisamos acelerar o ritmo da vacinação, e para isso a população precisa fazer sua parte mantendo as medidas de prevenção e comparecendo a vacinação”, esclareceu.
A médica infectologista Alessandra Martins, que integra a equipe multiprofissional do HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) explica que é fundamental acompanhar estudos observatórios como o da FioCruz e nesse momento todas as recomendações devem ser seguidas.
“O Boletim afirma mais uma vez que as vacinas são especialmente efetivas na prevenção de casos graves, e a recomendação é que a população que não se vacinou procure se imunizar conforme a sua faixa etária, para evitar a circulação de novas variantes com potencial de reduzir a efetividade das vacinas, precisamos urgentemente criar imunidade individual contra a Covid-19”, explicou a infectologista.
Com informações de Aymê Tavares