Caracterizada pela perda da coloração da pele e surgimento de manchas brancas pelo corpo, o vitiligo é uma doença que atualmente afeta cerca de um milhão de pessoas em todo o país, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos (as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados.
O dermatologista do Sistema Hapvida, Diogo Pazzini Bomfim, explica como a doença se desenvolve no organismo.
“O vitiligo não é uma doença contagiosa. Não se sabe ao certo as causas, porém existe uma predisposição genética e uma alteração auto imune envolvida. Traumas emocionais podem desencadear ou agravar o vitiligo”, destaca.
O médico especialista ainda destaca quais são os cuidados e os possíveis tratamentos disponíveis para a doença.
“Vitiligo não traz sintomas. Porém pode estar associado a outras doenças autoimunes, como distúrbios da tireoide. Por isso o acompanhamento médico é necessário. Queimaduras e traumas mecânicos podem desencadear e fazer aumentar lesões de vitiligo. Existe tratamento com sessões de fototerapia, medicamentos tópicos (cremes, pomadas específicas) e medicamentos orais, de acordo com cada caso”.
A maioria dos pacientes de vitiligo não manifesta nenhum sintoma, além do surgimento de manchas brancas na pele. Entretanto, em alguns casos, os pacientes relatam sentir sensibilidade e dor na área afetada.
Preconceito ainda existe
A maior preocupação dos dermatologistas são os sintomas emocionais que os pacientes podem desenvolver em decorrência da doença. Por isso, em alguns casos, recomenda-se o acompanhamento psicológico, que pode ter efeitos bastante positivos nos resultados do tratamento.
A participação da modelo mineira Natália Deodato na 22.ª edição do Big Brother Brasil reacendeu os questionamentos sobre o vitiligo. Durante o programa, a participante relatou que a condição iniciou aos nove anos, ela contou também já ter sofrido preconceito por conta das manchas.
“Não é possível ‘pegar’ vitiligo de outra pessoa. O que existe é muito preconceito, porque a maioria da população ainda desconhece muito o assunto”, alerta o dermatologista.