O Amazonas participou, nesta sexta-feira (04/11), do 1º Simpósio Nacional de Haff, realizado em Fortaleza, no Ceará. A comitiva da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), conheceu as estratégias e compartilhou informações sobre a atuação dos sistemas de saúde diante da doença.
Desde 2021, o Amazonas voltou a registrar ocorrências compatíveis com a doença de Haff. De janeiro até agora, a FVS-RCP notificou 106 casos compatíveis com a síndrome. No ano passado, foram 75 casos compatíveis.
Outros estados, como o próprio Ceará, têm enfrentado a doença. Por isso, o 1º Simpósio Nacional busca promover a integração multi-institucional como estratégia de superação dos desafios envolvendo a Síndrome de Haff.
Integram a comitiva de saúde do Amazonas o diretor técnico da FVS-RCP, Daniel Barros; a gerente de diagnóstico de endemias do Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), integrante da FVS-RCP, Ana Ruth Arcanjo; o fiscal do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa/FVS-RCP), Augusto Kluczkovski Junior; e a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde do Amazonas (Cievs) no Amazonas, Josielen Amorim.
O diretor técnico Daniel Barros assinala a importância do evento para a troca de experiências.
“A FVS-RCP não poderia ficar de fora desse simpósio. Aqui, estamos discutindo parcerias para avançar no diagnóstico dos fatores que podem levar ao quadro de doença de Haff”, ressalta.
O evento objetiva divulgar diagnósticos e resultados de pesquisas realizadas no Brasil e no mundo sobre a doença de Haff para instituições públicas e privadas de pesquisa e para o público interessado.
A coordenadora Josielen Amorim destaca a contribuição de outras instituições. “Temos um tema muito complexo para tratar e discutir, então são inúmeras as contribuições que podem surgir. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por exemplo, trouxe a importância da rastreabilidade do pescado como forma de contribuir identificando a origem do peixe e entender questões ambientais que podem afetar e causar a doença. Sem dúvida, algo que será aproveitado para a nossa realidade”, destaca.
Sobre a rabdomiólise
A rabdomiólise é uma síndrome que pode ocorrer em função de agravos diversos, como traumatismos, atividades físicas excessivas e infecções, ou ainda devido ao consumo de álcool e outras drogas.
Quando associada ao consumo de peixes com toxinas, a síndrome é denominada doença de Haff. Os sinais e sintomas mais frequentes, entre os casos compatíveis, são: mialgia, mal-estar, náuseas, fraqueza muscular, dor abdominal, vômito e urina escura.
Referência
A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas. A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. Os contatos telefônicos da FVS-RCP são (92) 2129-2500 e 2129-2502.