O Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), recebeu 35 representantes da Vigilância em Saúde, Primária e Sanitária do interior do Estado, durante o evento de capacitação para implantação das Referências Técnicas de Saúde do Trabalhador nos municípios. O evento iniciou nesta quinta-feira (13/07), no auditório da Reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
De acordo com os dados da FVS-RCP, no Amazonas, em 2022, foram notificados 2.321 casos de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Segundo a diretora-presidente da Fundação, Tatyana Amorim, o objetivo maior da ação é implantar novos pontos de referência nas cidades do interior e identificar as relações de saúde, trabalho e doença.
“O objetivo é dar orientações para que nós possamos desenvolver as competências na área, desenvolver referências técnicas e implantar pontos de referências que serão aquelas pessoas que estarão atentas para as questões da saúde do trabalhador. Então, esses representantes estão aqui recebendo essa qualificação para que eles possam chegar nos municípios e desenvolverem essas competências “, ressaltou.
A coordenadora do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do Amazonas (Cerest-AM), Cinthia Santos, ressaltou que por mais que haja unidades do Cerest, é importante que os municípios tenham núcleos, coordenações ou referências, de acordo com a população.
“A gente espera que a partir da capacitação comecem de fato a desenvolver as ações em prol da saúde do trabalhador na sua localidade. O primeiro passo é articular com as unidades básicas de saúde que recebem todos os dias esses trabalhadores com queixas de dores na coluna e vários problemas de saúde. A partir disso, vamos fazer a notificação dos casos e ter os dados epidemiológicos de cada município”, disse.
O Cerest é uma estratégia do Ministério da Saúde e é responsável por dar suporte à rede de Vigilância em Saúde do Trabalhador. Já os municípios são responsáveis por executar as ações.
A coordenadora epidemiológica de Benjamin Constant (a 1.119 quilômetros de Manaus), Josivane Reis, que veio receber a capacitação na capital, explicou que por atuar no interior, às vezes é mais difícil se qualificar.
“Esse curso oferecido em Manaus é importante para que a gente melhore a nossa vigilância em saúde do trabalhador. Precisamos reforçar os cuidados e as medidas e assim, diminuir os números de acidentes. Aqui vamos aprender e voltar com o conhecimento para repassarmos aos colegas de trabalho”, explicou.