O Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (uma base de mais de 194 mil negócios) participa da Feira Internacional de Negócios Criativos e Colaborativos Digital em João Pessoa, na Paraíba.
A artista Rita Prossi e o artesão Marcos Alexandre do Grupo Teçume da Floresta representam o Amazonas, no mais importante evento de comercialização de arte e artesanato de raiz do Brasil, que irá até o dia 14 de maio. Prossi, é vanguarda das bio joias amazônicas, e mora em Manaus, e Marcos Alexandre, é um dos mais destacados artesãos caboclo do Amazonas, seu atelier fica no Careiro Castanho.
Segundo Lilian Simões, analista sênior de arte, artesanato e moda do Sebrae Amazonas
“Esta é uma oportunidade única de divulgação e comercialização da arte e do artesanato amazonense, especialmente, os de mais elevado nível em design original, no gênero da floresta amazônica. Nesta hora de aflição, provocada pelo covid-19, que atinge a economia criativa local, por não ser permitida a comercialização em feiras presenciais. Desde que foram adotadas as medidas de segurança pública no estado e no município, contra as aglomerações geradoras de contágio, por decretos de calamidade publicados em março “, comentou.
Realeza britânica
Rita Prossi, há 30 anos se destaca como símbolo da arte amazônica e sua coleções de bio joias estão na Europa e Estados Unidos da América. A duquesa da Cornualha, no Reno Unido, Camila Rosamaria Shand, esposa do príncipe Charles, herdeiro número 1 da coroa britânica, tem colares e brincos seus em sua coleção da nobreza, que são usados em cerimônias campestres e nos palácios dos Windsor, família real.
Commedia Dell’arte
Marcos Alexandre do Grupo Teçume da Floresta, que também reúne artesãos de Barcelos, Rio Preto da Eva, São Gabriel da Cachoeira e Careiro Castanho, é um expoente do design nativo. Ele emprega seu saber tradicional urdindo fibras tradicionais da floresta com conceitos da arte italiana, como os personagens da Commedia Dell’arte, entre eles arlecrim, pierrot e colombina, em um cenário de multiplicidade étnica e da cultura europeia. Sua mensagem é de bom humor, e está evidenciada nas cores vibrantes de suas peças, uma delas conhecida como Coringa, considerada pelos especialistas um clássico do artesanato amazonense.
“Sou do grupo Teçume da Floresta e participo representando nossa cultura na feira digital. Nós retratamos a sustentabilidade ancestral dos nossos povos com artesanato étnico, mas com algumas pitadas de influência externa. Vamos levar esse conceito para todo o Brasil e o mundo, nesta feira do Sebrae que acontece em Recife”, comentou Marcos Alexandre.
Com informações de Antonio Ximenes